Na Trincheira do Poeta

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terça-feira, 26 de agosto de 2014

PARTICIPAÇÃO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA

 Os próprios moradores afirmaram que as tropas avisavam quais as áreas, quando e onde deveriam ser evitadas, pois seriam atingidos pelas bombas.

Reconheço todo ato embasado em lei, entretanto me reservo o direito de avalia-lo a partir de observações fáticas das evidências. Requeri e fui atendido que ao final da fala do Deputado Olímpio fosse por mim lidas cinco linhas do livro doado a Comissão, as quais reproduzo:

Ontém 25,  Dia do Soldado, tive a oportunidade de participar da Audiência Pública da Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sob a presidência do Deputado, Adriano Diogo.  Nela falou o além do ex-terrorista, hoje Capitão do Eb Darcy Rodrigues que relatou passagens sobre sua atuação, prisão que já constam de relatos anteriores em jornais e internet e do pós anistia quando por muitos anos exerceu cargo na administração pública municipal, enfatizando atos de lisura quanto a probidade a frente das funções. Também falaram dois jovens que pesquisaram sobre a região, sendo apresentados fragmentos de bombas arremessadas à época. Os relatos antigos, em princípio, se basearam em relatório do próprio Exército e os novos em pesquisas e depoimentos exibidos em filmes. Os próprios moradores afirmaram que as tropas avisavam quando e onde deveriam serem evitadas as áreas a serem atingidas pelas bombas.
Foram relatados atos de grilagem de terra com a acusação a apoio de policiais militares e outros fatos negativos. Eles foram refutados pela argumentação do Deputado Estadual Olímpio Gomes que requereu fossem também, sob égide dos direitos humanos, abordadas as circunstâncias das mortes do Sd EB Mário Koziel Filho, Soldado do Exército Brasileiro que servia no Quartel General do II Exército, em São Paulo  em 1968, e de Alberto Mendes Júnior, Tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em 1970.
Olímpio enalteceu o ato e a forma da  condução da Audiência, porém foi veemente ao dizer que toda participação da Polícia Militar, restringe-se a atos de ofício quando nas disputas por posse de terra os quais são requeridos os PM por ordem judicial e toda possível arbitrariedade são rigorosamente coibidas pela ação de comando, uma vez denunciadas e averiguadas.
Participei, com outros oficiais coronéis e o senhor Adauto,  irmão de Mendes Júnior. Ao final doei um exemplar do livro Tributo A Um Herói, com a seguinte dedicatória: À Comissão da Verdade. A Verdade. Boa leitura. Ex Sd PM Xavier em 8/5/70. Esta é a data dos entreveros com os terroristas. Observo que na plateia havia muitas pessoas simples da região que não teriam recursos  para estarem ali sem apoio de terceiros.
Reconheço todo ato embasado em lei, entretanto me reservo o direito de avaliá-lo  a partir de observações fáticas das evidências. Requeri e fui atendido que ao final da fala do Deputado Olímpio fosse por mim lidas cinco linhas do livro doado a Comissão, as quais reproduzo:
"De líder de classe em Taguatinga a estudante dissimulado no segundo ano do curso científico, tudo para não ser identificado, em consequência do perigo de vida que corria por ser policial ante o fanatismo dos comunistas tresloucados a roubar, matar, enfim praticar toda atitude que pudesse desestabilizar psicologicamente a população com o objetivo de gerar medo e provocar pânico."
Espero estar contribuindo para que a verdade não seja escamoteada, unilateralmente. As futuras gerações merecem o esforço de todos, pág 23".

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