Mas esta foi a fórmula que assumi por convicção inabalável, em introspectiva concepção.
Tem
que a vida moderna não está permitindo tempo para as pessoas pensarem, elas se
tornaram beneficiárias e escravas da comunicação instantânea e ante a intensa
profusão de informações negativas, as que dão mais audiência, difícil ao
indivíduo resistir.
Leitores deste blog que nasceu de
um ideal que é retribuir às comunidades o que delas recebi ao longo de minha. A familiar, a religiosa e a profissional.
Através desta última, fazer o que estivesse ao alcance, no exercício dos dons a
mim concedidos para diluir o bem, o máximo possível na condição de servidor público.
A familiar porque venho dos idos
de 1940, quando a sociedade rural na qual vivi até os 10 anos, tinha nela uma
forma de se fortalecer. Não faltavam exemplos de proles numerosas que superavam
as vicissitudes inicias pelo trabalho
bem coordenado dos pais e todos ganhavam com isso. Aos catanduvenses em especial, cito respeitosamente a Família Zancaner, cuja história li, como
ela até hoje se vê tantas, não é mesmo?.
Filho mais velho que acompanhou o pai desde os 6 anos, evidente que este traço cultural ficou muito forte em
mim e só cresceu com a orfandade precoce, pois uma perspectiva futura por ele comentada se
esvaiu, mas ficou enraizado aquele sentimento da prosperidade, frustrado pela
fatalidade.
A religiosa pela tradição que se tornou convicção, pois minha
mãe ia à igreja em construção no bairro, onde fui convidado para ser seminarista. Com a morte dela, fui ao seminário aos 12 e 13 anos e
ali vivi num ambiente do qual não tenho uma só lembrança negativa. Além disso, duas irmãs com 7 e 3 anos, foram amparadas por
vários anos em colégio de religiosas. Hoje, conversamos que as barreiras que
superamos em nossas vidas, decorreram muitíssimo de forças pelos ensinamentos adquiridos
no ambiente religioso.
A profissional porque todos temos
que subsistir, esta é uma questão - sem a qual, simplesmente sucumbimos.
Tive sempre uma fala direta com quem trabalhei sobre esta questão. “Somos
servidores públicos, estamos num país democrático, onde praticamos atos de vontade, portanto podemos trabalhar onde
quisermos: servir a comunidade é reconfortante.
Discordar é fácil e direito de todos ao pouco que disser, mas esta
foi a fórmula que assumi por convicção
inabalável, em introspectiva concepção, vagarosamente sedimentada e a cada dia mais latente no meu eu, pois ser servidor
público a mim sempre foi um privilégio. A palavra patrão ficou para trás, os
comandantes são tão servidores quanto o mais humilde componente das unidades. Servir não tem limite, é uma dádiva e pude viver isso intensamente.
Além de ter um regime legal
único, toda ação reflete nas comunidades. O acesso na escala hierárquica, potencializou a diluição das energias nas comunidades e quando olho no retrovisor
do tempo, sei que me faltaram muitas habilidades e virtudes para fazer mais, entretanto
as que tinha não medi esforços para exercitá-las, no êxito nas missões.
E o que tem isso com a carga
emotiva excessiva? Tem
que a vida moderna não está permitindo tempo para as pessoas pensarem, elas se
tornaram beneficiárias e escravas da comunicação instantânea e ante a intensa
profusão de informações negativas, as que dão mais audiência, difícil ao
indivíduo resistir.
Lamento profundamente o acidente
ocorrido esta semana e reafirmo minhas convicções de que muitas são as maneiras para se livrar de
eventos drásticos, no caso do piloto alemão as primeiras informações dão conta
de que ele tinha acesso ao lazer; vida
digna e confortável, porém não resistiu ao limite que a doença lhe impingiu.
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