Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sábado, 2 de abril de 2016

Até o seminário

Bem possível que não fosse para o seminário.

 Fosse mais forte e dotado de energias plenas, jamais teria me afastado do verdadeiro e puro amor por nada, em tudo que fiz ao longo dessa existência.

Fecho  esta  etapa de vida até os doze anos, quando segui para o seminário da Congregação Nossa Senhora do Sião em São Sebastião do Paraiso.  Sendo estudar  tudo que eu queria! 
Com muito esforço e dedicação, apoio da professora, cheguei a 1959, em estado de contrição pelas perdas da avó e mãe. 
Bem possível que não fosse para o seminário, sem o desaparecimento da genitora. Também não teria ido, não fosse o beneplácito da Senhora Terezinha com a doação de lindo enxoval com os ternos: caqui e o de  casemira  e tudo de primeira, sendo certo que o convite foi feito a minha mãe que  acompanhava na igreja. Devo isso a ela. Também não teria permanecido no seminário se o Pe. Chaves não tivesse quebrado a regra de só entrar com a 4a. série do primário concluída. Entrei apenas com a terceira, sob o compromisso de esforçar-me para acompanhar a admissão, o que fiz com êxito.  Depois destas coincidências, restou-me ter fé por toda a vida de que  ela seria boa, melhor impossível.
Fosse mais forte e dotado de energias plenas, jamais teria me afastado do verdadeiro e puro amor por nada em tudo que fiz ao longo dessa existência, porém mesmo com as imperfeições humanas não fui tão limitado que não o praticasse através dos traços marcantes de minha personalidade e dos dons a mim atribuídos, consoantes princípios espirituais nos quais acredito e sou devoto, renovando-os periodicamente.  Em que pese possa não parecer e menos ainda de que  sejam motivos de aparecer. 
São condutas naturais de minha vida na busca da felicidade para poder compartilha-la naturalmente no seio da família e nas comunidades e ambientes com os quais interajo. Do seminário falarei em outra ocasião, capítulo que pretendo inaugurar sobre a adolescência. 
Nestes últimos meses, passei aos leitores nuances do meu viver que certamente moldaram-me quanto ao amor a vida de forma  a compartilhar com o próximo sempre o melhor de mim, assim como cumprir o que fosse de minha competência no limite que bem pudesse, conforme o aprendizado no dever  que estivesse incumbido.
Lá, se foi minha infância cronológica que renasce a cada   alvorecer a relembrar-me que o dom da vida é magnífico e viver é uma arte simples. Basta que  pratiquemos o amor abundante, o qual  transbordará de nossos corações de forma contagiante. A felicidade não é mensurável, porém ilimitada e proporcional ao amor a si mesmo e ao próximo que praticares. Se tens dúvida disso, eu não! 
Domingo dia de amenidades e louvor ao Senhor que para sempre há de ser louvado. Sejamos dignos das promessas de Cristo, num viver justo e solidário!

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