Dois meliantes caminharem de posse de fuzis...
A campanha eleitoral escancarou a falta de uma estratégia de âmbito nacional que busque minimizar a grave situação da segurança pública no país.
Três imagens distintas, entre tantas, tenho
fixas em minha memória. Estávamos assistindo ao Jornal Nacional, capitães do
curso para major em São Paulo, no segundo semestre de 1992, quando do nada vimos o Comando Vermelho, içar sua bandeira através de um balão,
em área central do Rio de Janeiro. Em outra, no Rio, assisti na TV a dois meliantes caminharem de posse de fuzis e pelas costas ferirem mortalmente dois patrulheiros que
guarneciam a entrada de um túnel, ao lado da viatura. Eles não tiveram nenhuma
chance, ação covarde. A terceira foi ver uma centena de marginais correndo
morro acima das forças pacificadoras quando das primeiras ações. Ali senti que
a autoridade estava dando seu grito de “salva”.
Era 2008 e tudo parecia um
renovar e foi, aquela cena da tomada simbólica do poder nas comunidades pelas forças regulares;
os tanques morro acima e as pessoas caminhando e comemorando a posse das ruas,
um momento especial para quem por 32 anos, presou pela ordem.
Fazem 6 anos desde o início, e só
agora foi atingido mortalmente um militar das Forças Armadas, o Cb EB Michel
Augusto Mikami. Os marginais tem a sua lógica e como elas agem em apoio, o alvo sempre foram os
policiais.
A campanha eleitoral escancarou a
falta de uma estratégia de âmbito nacional que busque minimizar a grave
situação da segurança pública no país. Ela em São Paulo esteve pior. No final da década de noventa, por 3 anos seguidos, morreram 400 PM, são 1200, uma verdadeira carnificina, resultado de um governo que tinha asco das forças
policiais militares, praticou arrocho salarial, em total desprestígio a classe.
Além disso, implantou a progressão continuada nas escolas, tirando de
professores e pais qualquer possibilidade de conter seus discípulos e filhos,
um pensamento anárquico que no final de 2013 está sendo revisto, mesmo que pelo
seu afilhado político, ainda bem. Um caos, cuja reversibilidade demorará anos a
fio, apesar da reformulação agora pela aprovação por ciclos, pelo menos isso.
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