Vi na parte norte da Ilha de Florianópolis, uma alameda com umas 30 casas, onde inexistem grades e garagens fechadas, em 90% delas. No mesmo bairro um mercadinho aberto às 21h30. A jovem ali sozinha no caixa nos informou que não tinha a menor preocupação, pois jamais fora vítima de assalto. Mais ao centro um condomínio luxuoso, com câmera, porém sem nenhuma grade.
Os contrastes de um país
gigantesco senti algumas vezes bem palpável como agora com o mapa do resultado das eleições.
Em Brasília bem jovem e cheio de esperança, com os paulistas que eram
distinguidos pelo alistamento voluntário de jovens com altura mínima de 1m70 para
servir no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), assim como dos catarinenses
que compunham o Batalhão da Polícia do Exercito (PE).
Após dar baixa por lá fiquei e
frequentei escolas em período noturno que envolvia todas faixas etárias, com
indivíduos dos mais remotos rincões. Uma verdadeira salada de brasileiros, os
candangos pioneiros, cada um a procura de seu norte.
Estudei ao lado de uma senhorinha
e admirava seu esforço, era como uma injeção de ânimo, vê-la ali atenta ao
professor. Até que passado algum tempo, entre um intervalo e outro senti
liberdade para indagar-lhe sobre seus os
objetivos: almejo falar melhor com meus netos, entende-los melhor quando
crescerem. Minha admiração por ela só fez aumentar, o ânimo e a convicção de estar no caminho certo, também.
A convivência escolar neste
período e o acesso à condição de servidor público com estabilidade no emprego
duas vertentes que me reconduziram ao que esperava para o meu futuro e assim
foi. O observar de tudo e o conhecimento formal via escola, uma condição
inquebrantável que fortalecia minha esperança de dias melhores.
É bom falar deste período, peço
vênia ao leitor, entretanto temos estes registros de lá distante quando a esperança de um
Brasil com ordem diversa da comunista, enchia de orgulho sua gente que trilhava
um caminhar promissor.
De 2 a 9 do corrente mês trilhei
os caminhos do Sul até Florianópolis. Uma apreensão maior no caminho, ao ver os
mananciais d’água baixos, mesmo entre florestas, pois elas estão preservadas, caminho afora.
Vi na parte norte da Ilha de Florianópolis,
uma alameda com umas 30 casas, onde
inexistem grades e garagens fechadas, em 90% delas. No mesmo bairro um
mercadinho aberto às 21h30. A jovem ali sozinha no caixa nos informou que não
tinha a menor preocupação, pois jamais fora vítima de assalto. Mais ao centro
um condomínio luxuoso, com câmera, porém sem nenhuma grade.
Entre as idas e vindas pelo país
são inegáveis os contrastes. Que saudade daquele São Paulo com um mínimo de crimes. As portas das casas da Vila Maria em
Batatais em 1966, quando a deixei ainda não precisavam de trancas para curtas
ausências, creio que por Catanduva, também. Hoje, saímos e os bandidos arrombam tudo no menor tempo que
encontram. Vão mais além, atacam pessoas nas casas, chácaras e ruas. Registro apesar de ser de domínio
público: roubam nossos carros num piscar de olhos, sem contar a odiosa corrupção
que ocupa as primeiras páginas dos jornais. Até quando?
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