Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sábado, 15 de novembro de 2014

CAMINHOS DO SUL





Estudei ao lado de uma senhorinha e admirava seu esforço!


Vi na parte norte da Ilha de Florianópolis, uma alameda  com umas 30 casas, onde inexistem grades e garagens fechadas, em 90% delas. No mesmo bairro um mercadinho aberto às 21h30. A jovem ali sozinha no caixa nos informou que não tinha a menor preocupação, pois jamais fora vítima de assalto. Mais ao centro um condomínio luxuoso, com câmera, porém sem nenhuma grade.


Os contrastes de um país gigantesco senti algumas vezes bem palpável como  agora com o mapa do resultado das eleições. Em Brasília bem jovem e cheio de esperança, com os paulistas que eram distinguidos pelo alistamento voluntário de jovens com altura mínima de 1m70 para servir no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), assim como dos catarinenses que compunham o Batalhão da Polícia do Exercito (PE).
Após dar baixa por lá fiquei e frequentei escolas em período noturno que envolvia todas faixas etárias, com indivíduos dos mais remotos rincões. Uma verdadeira salada de brasileiros, os candangos pioneiros, cada um a procura de seu norte.
Estudei ao lado de uma senhorinha e admirava seu esforço, era como uma injeção de ânimo, vê-la ali atenta ao professor. Até que passado algum tempo, entre um intervalo e outro senti liberdade para indagar-lhe sobre seus  os objetivos: almejo falar melhor com meus netos, entende-los melhor quando crescerem. Minha admiração por ela só fez aumentar, o ânimo e a convicção de  estar no caminho certo, também.
A convivência escolar neste período e o acesso à condição de servidor público com estabilidade no emprego duas vertentes que me reconduziram ao que esperava para o meu futuro e assim foi. O observar de tudo e o conhecimento formal via escola, uma condição inquebrantável que fortalecia minha esperança de dias melhores.
É bom falar deste período, peço vênia ao leitor, entretanto temos estes registros  de lá distante quando a esperança de um Brasil com ordem diversa da comunista, enchia de orgulho sua gente que trilhava um caminhar promissor.
De 2 a 9 do corrente mês trilhei os caminhos do Sul até Florianópolis. Uma apreensão maior no caminho, ao ver os mananciais d’água baixos, mesmo entre florestas, pois elas estão preservadas, caminho afora.
Vi na parte norte da Ilha de Florianópolis, uma alameda  com umas 30 casas, onde inexistem grades e garagens fechadas, em 90% delas. No mesmo bairro um mercadinho aberto às 21h30. A jovem ali sozinha no caixa nos informou que não tinha a menor preocupação, pois jamais fora vítima de assalto. Mais ao centro um condomínio luxuoso, com câmera, porém sem nenhuma grade.

Entre as idas e vindas pelo país são inegáveis os contrastes. Que saudade daquele São Paulo  com um mínimo de  crimes. As portas das casas da Vila Maria em Batatais em 1966, quando a deixei ainda não precisavam de trancas para curtas ausências, creio que por Catanduva, também. Hoje, saímos e  os bandidos arrombam tudo no menor tempo que encontram. Vão mais além, atacam pessoas nas casas, chácaras e  ruas. Registro apesar de ser de domínio público: roubam nossos carros num piscar de olhos, sem contar a odiosa corrupção que ocupa as primeiras páginas dos jornais. Até quando?

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