Na Trincheira do Poeta

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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

RESSACA POLÍTICA


O infausto acontecimento provocou um turbilhão de reações no emotivo latino.

Neste momento  de tristeza mesmo pela forma como vem sendo conduzida a nação, resta-nos  buscar forças para um  questionamento jamais visto da prestação do serviço público no Brasil, iniciando-se pela atuação  dos políticos, sem o menor espaço para a prática da corrupção e inépcia nos atos de responsabilidade funcional.


Desde a fatídica quarta-feira de 13 de agosto do corrente ano, um turbilhão de emoções tomou conta da sociedade brasileira, formada ainda por uma maioria de pessoas humildes e necessitadas. A plástica ilusória da benevolente riqueza natural, esconde uma triste realidade em que a falsa contemplação de muitos, proposital ou não, sempre tirou razões, para uma super avaliação da realidade nacional, explorada pela liderança atual, a seu bel prazer como projeto de poder.
Líder de sucesso, numa região onde o partido da situação e vencedor da eleição,  mantém a hegemonia de longa data. Qualificado quanto a estirpe política, pois que neto de reconhecido revolucionário, como gosta de ser chamado  quem resistiu ao governo militar. O extinto carregava consigo respaldo para agregar a oposição e os anseios daqueles que de branco proporcionaram dias de glória cidadã, nas ruas da pátria amada do Brasil, em junho de 2013.
O infausto acontecimento provocou um turbilhão de reações no emotivo latino, nos mais remotos rincões do país. Na rabeira dele, a sucessora foi elevada aos píncaros do reconhecimento de sua tenaz e dissidente militância e foi assim que por uns dias Marina Silva se viu presidente pelas pesquisas que a colocava como imbatível contendora.
A onda se desfez quando foi colocada sob fogo cruzado da polarização PT x PSDB. De um lado toda munição ante a ameaça do confronto intestino com dissidente que obtivera 22 milhões de votos, em 2010 e de outro pela exposição ao ridículo de não ir para o 2º. Turno.
Restou ao final os dois adversários dos últimos 20 anos e o resultado foi o que os defensores das mudanças não esperavam. Não adianta agora discurso de autoconsolo. Foi uma derrota inexplicável ante ao desserviço que os argumentos dos debates assistidos expuseram. Índices baixíssimos em todas as áreas da administração pública, somados a desmedida corrupção. Mais uma vez  não houve  nas oposições líder que provocasse reações a catalisar sentimento,  a contagiar o povo de forma a sepultar esta etapa do pensar político pátrio.
Neste momento  de tristeza mesmo pela forma com vem sendo conduzida a nação, resta-nos  buscar forças para um  questionamento jamais visto da prestação do serviço público no Brasil, iniciando-se pela atuação  dos políticos, sem o menor espaço para a prática da corrupção e inépcia nos atos de responsabilidade funcional.
A ressaca fica por conta das mentiras dos debates de quem agora dá início a práticas das quais acusava seus adversários de que aumentariam: os juros;  a energia; os combustíveis, os impostos....Ela fica também pela  mesmice da ideologia anárquica que tantos males produz ao indivíduo brasileiro, desprovido de pensamento filosófico-ético, onde inexiste a mínima lógica no viver. Estes dados são constatados pelas notícias policiais, com números estarrecedores de mortes violentas, no analfabetismo de mais de 11 milhões de brasileiros e tantos outros índices negativos, inclusive e pior o da corrupção envolvendo os governantes. Há que se melhorar isso, responsabilidade de todo cidadão, principalmente dos 51 milhões  de dissidentes dos vencedores. Com aqueles que estão contente com a situação que estamos vivendo, não podemos contar.

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