Agora surge o problema da ociosidade de algumas delas.
O problema é como terá sido a gestão dos gastos com o atropelo que se deu na realização das obras da Copa. Se na Petrobrás, uma estatal consolidada há tempos, a “farra do boi” está no nível constatado, e se no Mensalão as denúncias começaram pelos Correios, arre...
Artigo publicado nesta data no Jornal O Regional
No dia 1º deste mês, entre familiares, fizemos um turismo ao conhecer
a Arena Corinthians. Antes da Copa, nos foram apresentadas, uma a uma, todas construídas
para aquele fim. Entre uma reportagem e outra descobrimos que as sedes do
evento só foram 12, pela insistência do governo, pois seriam 8.
Agora surge o problema da ociosidade de algumas delas em estados onde
o futebol não tem maior expressividade. Neste final de semana, dois jogos do
Campeonato Brasileiro serão fora do local de mando: um em Cuiabá e o outro em
Manaus.
A crítica esportiva não se conforma que na reta de chegada da
competição, jogos decisivos são marcados fora dos domínios das equipes, porque a
torcida tem influência no ânimo dos atletas, que decide partidas, vide o “eu
acredito” dos mineiros. Além deste aspecto existe o desgaste dos atletas pela
distância, em longas viagens.
Mas o contraste está no luxo das instalações. Na do Corinthians os
saguões são de mármore preto; tanto os sanitários quanto as cadeiras das
arquibancadas e os vestiários, de puro requinte. O sonho do corintiano se
transformou em visão fantasmagórica de um feito inimaginável pelo custo da obra
e tempo recorde em que foi construída.
Na África do Sul tivemos conhecimento, por reportagens, dos verdadeiros
elefantes brancos, que se tornaram os estádios, fato passível de acontecer
entre nós, como afirmado.
Inevitável pensar na Cracolândia que, do “treme treme”, na Avenida São
João, nas imediações do Edifício Copam, hoje foi estendida de forma
incontrolável, onde vemos cenas horríveis.
A droga se alastrou país afora, sendo a criminalidade incontida na maioria dos
estados brasileiros, e nela seu indutor mais grave.
O problema é como terá sido a gestão dos gastos com o atropelo que se deu na realização das obras da Copa. Se na Petrobrás, uma estatal consolidada há tempos, a “farra do boi” está no nível constatado, e se no Mensalão as denúncias começaram pelos Correios, arre... o que assisti recentemente na
Parada Gay do Rio de Janeiro, com várias agressões causadas por gangues, assim
como no futebol, no caso do cerco e morte de torcedores palmeirenses e
santistas, uma verdadeira selvageria, horripilante, ambos os casos, como tantos
outros.
Os investimentos em diversas frentes estruturais para a logística
nacional ficará para depois das Olimpíadas, o ópio do momento dos brasileiros. Antes
teremos dois carnavais, pouco mais do que isso.
Vivemos mesmo num país continental e fantasioso, onde o resultado do
esforço do trabalho de muitos vão para as mãos de poucos, em ações de
manipulação de uma minoria.
Quem recebe está satisfeito, aqueles que distribuem mais ainda, mesmo
que a diferença nas eleições seja por pouco. Segue a nave a que rumo? Com
certeza, poucos conseguem vislumbrar. A promiscuidade entre autoridades corruptas
e empresários corruptores é uma sina que apequena o gigante Brasil. Riqueza sem
enobrecimento de valores e costumes de pouco serve. É fútil.
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