Dois sargentos conversavam a retaguarda do dispositivo que iriam deixar o EB para ingressar na PMDF.
Cheguei ao Exército certo de que me engajaria na graduação de cabo. De início houve um exame ao nível de Primário e mesmo com a 1ª série ginasial bem concluída no Seminário, fui reprovado. Errei operações simples. Meu nome saiu como aprovado, não sabia como? Às vésperas da chamada, a notícia de corte de alguns... sentado em reflexão na posição da imagem do Buda, ao ouvir meu nome uma lágrima sentida caiu. Refleti que estudaria e passaria no 2º semestre. Já havia chorado, quando da comemoração coletiva de aniversário, incitados a falar, ninguém falava, então me dispus à frente e a voz embargou. No Seminário fiz provas orais, me senti frustrado, inevitável a lágrima.
Cheguei ao Exército certo de que me engajaria na graduação de cabo. De início houve um exame ao nível de Primário e mesmo com a 1ª série ginasial bem concluída no Seminário, fui reprovado. Errei operações simples. Meu nome saiu como aprovado, não sabia como? Às vésperas da chamada, a notícia de corte de alguns... sentado em reflexão na posição da imagem do Buda, ao ouvir meu nome uma lágrima sentida caiu. Refleti que estudaria e passaria no 2º semestre. Já havia chorado, quando da comemoração coletiva de aniversário, incitados a falar, ninguém falava, então me dispus à frente e a voz embargou. No Seminário fiz provas orais, me senti frustrado, inevitável a lágrima.
Ocorreu que em julho senti um nódulo, como se fosse nas cordas vocais.
Com medo de câncer procurei o médico que me internou. No hospital militar fui examinado e
diagnosticado como problema, passível de
cirurgia da tireoide. Fiquei dias a espera, na data da intervenção o médico entendeu que eu estava gripado
e desistiu. Abordei-o naquela semana
para pedir que não me operasse se tivesse dúvida. Ele concedeu-me deu 15 dias de
convalescença, não estava convicto. Fui a Batatais, quando voltei as inscrições para o
curso de cabo II, havia encerrado. No canto da 1ª. Companhia, ainda a paisana
pela convalescença, ao soar do bumbo na parada diária, algumas lágrimas rolaram
em pensar que minhas chances de ficar no EB exauriram.
No mês de novembro, enquanto aguardávamos uma autoridade
em frente ao Palácio do Planalto, dois sargentos conversavam à retaguarda do
dispositivo que iriam deixar o EB para ingressar na PMDF. Não tive dúvidas, abordei-os
para confirmar sobre o concurso. No mesmo dia visitei as três companhias para
ver quem desejava ingressar na PMDF, encontrei uns 10.
No dia seguinte, chamei um colega e fomos ao Comando da PMDF, instalado nas dependências do Ministério da Justiça falar com o Comandante Geral e pedir que fizesse o exame
antes da baixa, pois não teríamos condições financeiras para retornar. Após umas
duas horas, incrível - aprovaram a ideia desde que conseguisse o prometido, 40
candidatos. Fiquei muito feliz, renasceram minhas chances de ficar em Brasília,
como militar.
A relação esticava e encolhia, os colegas ligavam para as mães que
choravam no telefone e eles desistiam. Depois de várias alterações na relação o
Cap EB do BGP disse-me - Xavier, seu
problema está resolvido - o Comando da PM falou com o Comando Militar do DF e
vai fazer a prova para todas guarnições que darão baixa, aqui no Batalhão. Este foi um dia
de muita alegria em minha vida. As apostilas Asas do Brasil que busquei em casa ajudaram, fiz um bom exame.
Aprovado, retornei a Batatais com emprego público assegurado. Assim fui o
Soldado número 2 da primeira turma de praças da PMDF. Muita fé, esperança e determinação, fatores primordiais.
Domingo dia do Senhor minhas confidências em reflexão sobre os tempos de incertezas. Que o
Senhor seja louvado para sempre louvado seja. Sejamos dignos de um viver justo
e solidário. Boa semana na Paz de Cristo leitores!