Pois são tantas as profissões de trabalho ininterrupto em turnos.
Não bastasse a rejeição dos políticos às leis que cerceiam direitos, eles ainda contam com o fator tempo para posterga-las.
Nos últimos três anos visitei familiares em Curitiba e numa das
viagens esticamos até Florianópolis, Santa Catarina. Coincidiu de voltarmos aos
domingos, também pela condição de menor trânsito, porém o que há de caminhoneiros
nas rodovias, são muitos. Intrigante a situação, pois são tantas as profissões de trabalho
ininterrupto em turnos que a folga através dos mais inconvenientes direitos colocam a prestação de serviço na contramão de direção, em total descaso com a -
eficiência, prontidão e celeridade.
No exercício de comando de fração
de tropa por quinze anos, o estado de prontidão interrompia, somente nos 30 dias de
férias. Havia também a licença prêmio, totalmente dispensável em termos de
descanso, pois se pudéssemos, trocaríamos todos os períodos por pecúnia.
Mas no Brasil é assim – notícias acusaram
de falta de quórum na Câmara Federal por vários dias para nossos
representantes dançar forró no nordeste. Agora com graves questões em
andamento, o recesso de julho vem
retardar providências. Chega-se ao absurdo de dizer que é melhor deixar o
processo de cassação de Eduardo Cunha para depois de agosto, olhe lá se não
aparecer alguém para propor para depois das eleições, em razão das ausências dos deputados em Brasília. No Senado está estabelecido o rito do
Impeachment, felizmente.
Em contato com conhecidos que
trabalham em firmas americanas no Brasil, eles nos relatam o inconformismo deles com
tantos feriados e pior com os prolongados que temos, sendo reconhecido por nós
mesmos, este excesso. Emenda-se folga com final de semana por tudo.
Não bastasse a rejeição dos políticos às leis que cerceiam direitos, eles ainda contam com o fator tempo para postergá-las. Os advogados na justiça também postergam decisões em processos, estes tem os
recursos, as férias forenses e de direito as férias dos magistrados. Os
políticos com a simpatia das bases; com o expediente dos recessos...estabelecidos e os informais
pelas faltas maciças ao plenário. Assim, o gigante perece com projetos de leis emperrados para o desespero coletivo quanto
a falta de mudanças, numa ciranda negativa que muito mal faz aos brasileiros.
Pugno seja 30 de férias para
todos e vamos ao trabalho, seja quem for, do funcionalismo público aos
políticos, sem qualquer vantagem que não a da atividade insalubre, pois ao
trabalhador comum jamais foi diferente.
Abaixo a corrupção e qualquer
privilégio descabido que onere os cofres públicos, inviabilizando a atuação do
Estado em suas finalidades essenciais de prover recursos a: educação, segurança e saúde. Abaixo os recessos.
Férias de 30 dias a todos, com o privilégio de gozá-las em dois turnos de
quinze.
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