Na Trincheira do Poeta

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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Quiçá, Temer em definitivo até 2018!

O Senado se transforma num tribunal

Há crime de responsabilidade configurado, há aversão popular à mandatária impedida de forma que tudo indica que o impeachment vai ser decretado.

Publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 24/07/2016

Onde há disputa, a dúvida persiste. Neste caso um julgamento complexo, no qual o Senado se transforma num tribunal para julgar  a Presidente Dilma pelo crime de responsabilidade, através do processo de Impeachment, cuja  admissibilidade foi acatada em 17/04/2016 pelo dilatado placar de 367 votos sim, contra 137 não, na Câmara dos Deputados, em autêntica festa de civilidade, com uma margem de voto não esperada pelos governistas.
Também, no Senado se repetiu vitória acachapante de 55 pela admissibilidade e 22 contra, sendo o placar suficiente para a decretação do impedimento da Presidente de pronto, fosse o caso. Apesar de alguns senadores manterem-se indecisos dentre aqueles que votaram a favor, os dados das pesquisas são animadores a Temer, posto que a apreciação  das medidas tomadas nestes dois meses, elevaram o índice de aprovação dele, na condição de substituto legal da titular. Enquanto as catilinárias sobre o “golpe” começam dar sinais de saturação, o governo substituto acertou nos nomes da equipe econômica e na capacidade de articulação, como visto na eleição da Câmara dos Deputados.
O Senado se transformou num tribunal, portanto inexiste golpe coisa alguma, pois os procedimento para o impedimento seguem o rito e base jurídica do aplicado a Collor em 1992.
Desde os reclamos aos internacionais, àqueles propagados no recôndito do norte e nordeste agora, sempre a mesma coisa – uma argumentação espúria que não tem respaldo quanto ao que de prático e legal acontece. Há crime de responsabilidade configurado, há aversão popular à mandatária impedida de forma que tudo indica que o Impeachment vai ser decretado nos últimos dias de agosto.
Pesquisas do data folha entre 14 e 15 deste mês mostram que 50% preferem Temer a Dilma que tem 32%. São muitas as iniciativas nestes 70 dias que demonstram acerto – redução de ministérios e de servidores comissionados; o Itamarati com José Serra ganha destaque pela iniciativa de afastar o ranço ideológico nas relações com as nações, tornando-as mais abrangentes; o Poder Legislativo mostra boa vontade com a aprovação de matérias relevantes.
Que chegue logo o prazo fatal do bota fora de Dilma, para virar esta página controvertida da história do Brasil. O "quiçá" se tornará em "certamente", quando se aproximar  a data de julgamento. Conta a favor dele que não será candidato à reeleição. Há que se por um fim na incompetência e corrupção daqueles que ocupam cargos  importantes na administração Pública. As novas gerações merecem dos  governantes total esforço quanto a conquista dos  objetivos nacionais, conduta abortada por aqueles que só pensaram em se perpetuar no poder. 

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