O Senado se transforma num tribunal
Há crime de responsabilidade configurado, há aversão popular à mandatária impedida de forma que tudo indica que o impeachment vai ser decretado.
Publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 24/07/2016
Onde há disputa, a dúvida
persiste. Neste caso um julgamento complexo, no qual o Senado se transforma num
tribunal para julgar a Presidente Dilma
pelo crime de responsabilidade, através do processo de Impeachment, cuja admissibilidade foi acatada em 17/04/2016 pelo dilatado placar de 367 votos sim, contra 137 não, na Câmara dos Deputados, em autêntica festa de civilidade, com uma margem de voto não esperada pelos governistas.
Também, no Senado se repetiu
vitória acachapante de 55 pela admissibilidade e 22 contra, sendo o placar
suficiente para a decretação do impedimento da Presidente de pronto, fosse o caso. Apesar de alguns
senadores manterem-se indecisos dentre aqueles que votaram a favor, os dados
das pesquisas são animadores a Temer, posto que a apreciação das medidas tomadas nestes dois meses, elevaram o índice de aprovação dele, na condição de substituto legal da
titular. Enquanto as catilinárias sobre o “golpe” começam dar sinais de saturação, o
governo substituto acertou nos nomes da equipe econômica e na capacidade de
articulação, como visto na eleição da Câmara dos Deputados.
O Senado se transformou num tribunal, portanto inexiste golpe coisa alguma, pois os procedimento para o
impedimento seguem o rito e base jurídica do aplicado a Collor em 1992.
Desde os reclamos aos internacionais, àqueles propagados no recôndito do norte e nordeste agora, sempre a mesma coisa – uma argumentação
espúria que não tem respaldo quanto ao que de prático e legal acontece. Há
crime de responsabilidade configurado, há aversão popular à mandatária impedida
de forma que tudo indica que o Impeachment vai ser decretado nos últimos dias
de agosto.
Pesquisas do data folha entre 14
e 15 deste mês mostram que 50% preferem Temer a Dilma que tem 32%. São muitas
as iniciativas nestes 70 dias que demonstram acerto – redução de ministérios e
de servidores comissionados; o Itamarati com José Serra ganha destaque pela
iniciativa de afastar o ranço ideológico nas relações com as nações,
tornando-as mais abrangentes; o Poder Legislativo mostra boa vontade com a
aprovação de matérias relevantes.
Que chegue logo o prazo fatal do
bota fora de Dilma, para virar esta página controvertida da história do Brasil.
O "quiçá" se tornará em "certamente", quando se aproximar a data de julgamento. Conta a favor dele que não será candidato à reeleição. Há que se
por um fim na incompetência e corrupção daqueles que ocupam cargos importantes na administração Pública. As novas gerações merecem dos governantes total esforço quanto a conquista dos objetivos nacionais, conduta abortada por aqueles que só pensaram em se perpetuar no poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário