O expurgo de quem arruinou o país está longo demais.
Infelizmente enquanto isso acontecia, maus brasileiros arquitetaram como se perpetuar no poder e assim ao final de treze anos, a sociedade constatou que esculhambaram com tudo pela prática descomunal da corrupção.
Se na música ou teatro o interlúdio vem
para harmonizar, na situação do país o tempo de espera para o expurgo de quem o arruinou está longo demais. Tudo
que está acontecendo é incomensuravelmente prejudicial a todos os brasileiros,
pois os atores coadjuvantes já exercem seus papeis, enquanto o principal está
dividido à espera do impedimento definitivo. Não faltou aconselhamento para a Presidente quanto à adoção da renúncia.
Numa panaceia própria a uma sociedade em derrocada pela
adoção de uma linha de conduta pautada numa só vertente - criticar... criticar
os antecessores, mormente os vinte anos do governo militar, enquanto a plateia
comemorava, montou-se o palco para a perpetuação no poder.
A riqueza do torrão brasileiro
conduziu todos a uma ilusão virtuosa da ação de nossos líderes, porém se
analisarmos a degradação dos costumes e a depauperação das estruturas, fácil é concluir
que há na administração, de forma
generalizada, condutas distantes do que rege os princípios pertinentes aos entes públicos do Estado
Brasileiro.
Alguns oásis de clarividência nos
deram alento - como o controle da inflação, iniciativa há muito esperada, a gestão
da saúde com a implantação do Sistema Único de Saúde, os medicamentos genéricos. Também avançou a tecnologia na prospecção
do petróleo e no agronegócio que expandiu vertiginosamente.
Enquanto isso
acontecia, maus brasileiros arquitetaram como se perpetuar no poder e assim ao
final de treze anos, a sociedade constatou que esculhambaram com tudo pela prática descomunal da
corrupção.
Num último ato, a Presidente
afastada expõe o país ao vexame internacional de uma apelação pueril, ao se fazer de vítima de golpe pelo Impeachment. Insensata e incapaz de autorreflexão
dos males praticados, propaga a deriva argumentos desvairados de uma vitimização descabida.
Enquanto mundo afora líderes políticos
renunciam ante a situações embaraçosas em
que se envolvem, os brasileiros não assumem o que fazem de ilegal, sendo que na maior desfaçatez vão sendo presos por
comprovada culpa criminal.
A renúncia é o remédio para amenizar os danos dos graves
equívocos de autoridades públicas; reconhecê-los e pegar o paletó ou a saia, um
ato menos mal frente aos despropósitos
cometidos. Enquanto redigia estas linhas foi anunciada a renúncia de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, pena que de pronto sob suspeita de manobra para salvar o mandato de deputado. Que se confirme o Impeachment no Senado. Que o ator principal se veja livre para
atuar. Antes tarde do que nunca!
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