Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Interlúdio nefasto!

 O expurgo de quem arruinou o país está longo demais.

Infelizmente enquanto isso acontecia, maus brasileiros arquitetaram como se perpetuar no poder e assim ao final de treze anos, a sociedade constatou que esculhambaram  com tudo pela prática descomunal da corrupção.

Se na música ou teatro o interlúdio vem para harmonizar, na situação do país o tempo de espera para o expurgo de quem o arruinou  está longo demais.  Tudo que está acontecendo é incomensuravelmente prejudicial a todos os brasileiros, pois os atores coadjuvantes já exercem seus papeis, enquanto o principal está dividido à espera do impedimento definitivo. Não faltou aconselhamento para a Presidente quanto à adoção da renúncia.
Numa panaceia  própria a uma sociedade em derrocada pela adoção de uma linha de conduta pautada numa só vertente - criticar... criticar os antecessores, mormente os vinte anos do governo militar, enquanto a plateia comemorava, montou-se o palco para a perpetuação no poder.
A riqueza do torrão brasileiro conduziu  todos a uma ilusão virtuosa da ação de nossos líderes, porém se analisarmos a degradação dos costumes e a depauperação das estruturas, fácil é concluir que há na administração,  de forma generalizada, condutas distantes do que rege os princípios  pertinentes aos entes públicos do Estado Brasileiro.
Alguns oásis de clarividência nos deram alento - como o controle da inflação, iniciativa há muito esperada, a gestão da saúde com a implantação do Sistema Único de Saúde, os medicamentos genéricos. Também  avançou a tecnologia  na prospecção do petróleo e no agronegócio que expandiu vertiginosamente.
 Enquanto isso acontecia, maus brasileiros arquitetaram como se perpetuar no poder e assim ao final de treze anos, a sociedade constatou que esculhambaram  com tudo pela prática descomunal da corrupção.
Num último ato, a Presidente afastada expõe o país ao vexame internacional de uma apelação pueril, ao se  fazer de  vítima de golpe pelo Impeachment. Insensata e incapaz de autorreflexão  dos males praticados, propaga a deriva argumentos desvairados de uma vitimização descabida.
Enquanto mundo afora líderes políticos renunciam ante a  situações embaraçosas em que se envolvem, os brasileiros não assumem o que fazem de ilegal, sendo que  na maior desfaçatez vão sendo presos por comprovada culpa criminal.
A renúncia é o remédio para amenizar os danos dos graves equívocos de autoridades públicas; reconhecê-los e pegar o paletó ou a saia, um ato  menos mal frente aos despropósitos cometidos. Enquanto redigia estas linhas foi anunciada a renúncia de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, pena que de pronto sob suspeita de manobra para salvar o mandato de deputado. Que se confirme o Impeachment no Senado. Que o ator principal se veja livre para atuar. Antes tarde do que nunca!

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