Na Trincheira do Poeta

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sexta-feira, 9 de maio de 2014

EMOÇÃO POR UM TOSTÃO



 Temos uma aldeia global prevista há 50 anos, onde o canto dos pássaros,  o esplendor do alvorecer e do por do sol não tem espaço.

A banalização da emoção e das atitudes.

Não é esse o preço na copa. Você já garantiu seu ingresso, nos inscrevemos para alguns jogos, mais nada deles em nossas mãos.

 Então porque o título?

Ocorre que na época dos mil réis, também havia o Tostão que por falar em copa, lembra aquele jogador de pequena estatura,  mas bom de bola e de postura. Ele se formou médico, escreve artigos na grande imprensa. Um atleta diferenciado intelectualmente para sua época que sempre fugiu às badalações. Também, o que era melhor, não tinha marqueteiro.
A reflexão de hoje é sobre o tema, recorrente da banalização das condutas, via marketing artístico, político, político institucional (este com o nosso dinheiro). 
Desocupados, custeados pelo programa bolsa família, salário presídio e diária sindicato estão nas ruas a todo momento, é meio de “viração”. Uma palavra utilizada para identificar conduta de quem ganha o seu sustento na informalidade, agora até sem trabalhar mesmo, via protestos.
O tostão moeda, pelo carinho que dele se ouvia falar, era volorizado. Ele  estava nas  mãos dos pobres que trabalhavam para tê-lo. 
A emoção das pessoas hoje virou moeda de manipulação dos meios de comunicação. Do nada nos trazem os mais diversos casos que em cadeia alimentam o circo internacional. É o problema da grade diária para alimentar milhões de telepectarores, mundo afora.
Temos uma aldeia global prevista há 50 anos, onde o canto dos passáros,  o esplendor do alvorecer e do por do sol não tem espaço. Todos evidenciam: o sangue; o jogo da esperteza e da intriga. Ônibus quebrados, mais de 300; interdições, abusos quanto ao direito de ir e vir, ao patrimônio, à incolumidade pública.
O último caso da banana é sintomático, vamos ver aonde vai chegar. Estão brincando com fogo e podem se queimar. O mundo não é feito somente de atletas e artistas. Hoje parece que sim. Tudo  que fazem infla a lona do grande circo à suas mãos, ou ao seus pés...

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