A carga de torpedos disparada deixou empresários e políticos...
Enquanto isso, vários expoentes do empresariado do “Clube do Milhão” tiveram seus pedidos de relaxamento de prisão negados.
Os torpedos em 2005, vieram via
Correios pelo deputado Roberto Jeferson,
portanto do interior do próprio parlamento e só não fizeram mais estragos
porque o mandatário máximo da república foi poupado. Ver a maioria dos
atingidos por eles sem mandatos, cargos e atrás das grades, uma vitória da
democracia, mesmo que parcial porque os fatos se repetem com os políticos do
mesmo partido no poder central, atualmente por absurdo que pareça.
Fruto do ardil do legislador, a
delação premiada foi inserida na legislação criminal de forma a provocar que corruptos e corruptores se
digladiem pela diminuição da pena a
lhes ser imposta, já foi assim no mensalão, desde que haja sucesso na apuração
dos fatos com a máxima identificação dos autores dos delitos e a recuperação possível do prejuízo ao erário
público.
Em razão desta fórmula começou do
interior de um presídio em Curitiba a saga do Diretor da Petrobras Paulo Roberto
Costa, pivô da corrupção por enquanto. A carga de torpedos disparada deixou
empresários e políticos em todos os níveis estonteados: governadores, senadores
e deputados, inclusive líder de partido. Com isso ele foi libertado antes das
festas de fim de ano, mesmo que sob
condições restritivas de locomoção.
Também o doleiro solidário e
comparsa de quase tudo Alberto Yussef, responsável pela lavagem de milhões reais
aderiu a delação premiada. Enquanto isso, vários expoentes do empresariado
do “Clube do Milhão” tiveram seus pedidos de relaxamento de prisão negados.
No dia seguinte ao natal Ricardo
Pessoa, indignado, relata e dispõe à imprensa, documento manuscrito de seis folhas,
onde abre várias frentes - reclama do tratamento da justiça que não relaxou as
prisões; de companheiros que se
transformaram em delatores e traidores; expõe que os fatos denunciados até agora são somente a ponta de gigantesco
iceberg e nomina outros casos recentes de escândalos; insinua também sobre o uso da propina em caixa ilegal da campanha
política, e segue...denunciando.
A posse dos senadores e deputados
federais está se aproximando; o fim do recesso do judiciário idem Os
torpedos continuarão e se multiplicarão nas mãos de cada um dos representantes do povo, espera-se. Quem titubear, poderá ir a nocaute, como aconteceu no mensalão.
Escândalo de tal porte,
considerando o maior de todos os tempos, envolvendo uma estatal brasileira, não
pode passar em branco com relação aos políticos envolvidos, atinja as denúncias
a quaisquer instâncias do poder. Os congressistas
tem os instrumentos legais nas mãos para
as medidas mais extremas necessárias. Os brasileiros esperam atitudes sem
compadrios, sem falsear, no limite do necessário para que um Brasil de alma
limpa ressurja deste mar de lama.
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