Na Trincheira do Poeta

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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

CAMPANHA SEM SHOWMICÍO

Tudo ficava na conta de nossa precária educação.

Mudança não se faz somente com o tacão no peito das pessoas. Ela acontece pelo exemplo de novas práticas que expurguem as antigas de forma que a concepção dos líderes mostrem novos métodos  de  conquista dos objetivos

A tese de que a roda social gira para frente e no máximo fica estagnada de quando em quando na falta d'água, só é contrariada ante as guerras que temporariamente arrasam os povos; entretanto,  mesmo estas, passado o choque, trazem invariavelmente avanços no campo das pesquisas e fortalecimento do caráter das  sociedades envolvidas.
Até pouco tempo, no Brasil os maus hábitos quanto a sujeira e  poluição sonora, eram atormentadores nas cidades.Os cartazes em postes estado afora, de candidatos jamais vistos, santinhos espalhados por todo lado, “malufetes” e outras “etes. A demonstração de poder econômico dava “status”, tudo ficava na conta de nossa precária educação.
Inimaginável contornar a situação da propaganda de boca de urna, porém bastou uma legislação adequada e rigor nas decisões com multas aos partidos e a possibilidades do impedimento de concorrer dos autores  para que tudo se ajustasse e progredisse, ao ponto de nesta eleição termos muito poucos carros de som,  pouco papel espalhado e mesmo entregue nas ruas.
Evidentemente a comunicação via internet  é um fator a colaborar nesta atitude que melhorou gradativamente.
Vejo que em vários aspectos da vida nacional, a alternância do poder central refletirá em evolução, pois os benefícios da profusão e diversificação da comunicação  vai disseminando rapidamente novas posturas que mudarão rapidamente os usos e costumes.
Mudança não se faz somente com o tacão no peito das pessoas. Ela acontece pelo exemplo de novas práticas que expurguem as antigas de forma que a concepção dos líderes mostrem novos métodos  de  conquista dos objetivos. Elas haverão de acontecer na legislação eleitoral, “a prometida reforma política”,  quanto:  a representatividade do voto; enxugamento do parlamento,  extinção de mordomias, ajuste da máquina estatal de forma que eliminemos os sanguessugas e parasitas inoperantes que permitem esta matança de pessoas e a corrupção que nos envergonha, mundialmente.
Todos merecemos  mais. A atenção dada à operacionalidade das eleições deve se estender aos mais diversos campos, desde o judiciário, aos órgãos de segurança pública, integrando-os; a saúde e educação, com a promoção de alterações de forma que não fiquemos reféns de conceitos distorcidos de uma política incompatível  que passa pela interpretação canhestra e  conluio de corruptos e corruptores.

Muito mais se pode fazer. O país é rico,  porém sua gestão está confusa e inoperante. A formulação de objetivos se mostrou anacrônica. A realização da Copa parou o país. Festa esportiva para alguns e país retrocedendo em tudo para todos, além do dinheiro desperdiçado na contrução das arenas enquanto projetos sociais  estão parados, como a transposição do Rio São Francisco e as estradas federais precárias . Não bastasse isso temos a denúncia de mais um gigantesco esquema de corrupção na Petrobras. Não há dúvida, renovação  já.

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