Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

DA CONFEDERAÇÃO


O mapa das eleições deixou bem nítido que o assistencialismo ...
Concluo sem radicalismo, sem desamor, sem ofensas descabidas que  é hora sim de discutirmos profundamente o Brasil para não seguirmos rumos que nos levem a abismos sem retorno por  um regime que contraria a própria índole de boa parte do povo da terra.
Artigo de minha autoria publicado hoje no jornal Diário da Região - Catanduva


A Constituição Federal em seu artigo 60, paragráfo, 3º prevê quatro cláusulas pétreas,  sobre as quais nem se pode discutir. Entretanto, ante as manifestações incisivas e  generalizadas nas redes sociais, vejo oportuno o momento de  opinar  sobre a situação. Pela ordem  temos entre as condições indiscutíveis:
I- A forma federativa de Estado; ...
Dentre eles, a propósito do título, está em questão a forma federativa de Estado que deixaria de ser centralizada, como agora para dividir com a união competências e responsabilidades que hoje  estão centralizadas. 
Os debates foram ferrenhos, sendo que os nanicos expuseram de forma incisiva aquilo que imaginamos acontecer, quanto  a excessiva: carga de impostos;  exploração do capital financeiro;  omissão  aos direitos de quem trabalha em relação aos apaniguados sob a tutela do Estado; o caos no sistema  prisional e na prestação dos serviços públicos em todas as áreas. Além da corrupção generalizada, inquestionável pela alta incidência continuada, interminável mesmo e graves, pelas importâncias denunciadas.
O mapa das eleições deixou bem nítido que o assistencialismo dividiu pelas cores os dois contendores, no imenso torrão brasileiro. Restou uma arte gráfica em vermelho e azul bem nítida, esquadrinhando quem foi pela mudança, daqueles que optaram pelo continuísmo.
Ora, seguindo o padrão americano, temos dimensão continental. Imigrações regionalizadas, constituindo  colônias inteiras  nos Estados de uma só origem como os alemães em Santa Catarina. Este assunto é próprio a um compêndio em tomo extenso que não é o caso aqui.
Afirmo que a minha origem afrodescendente, indígena e italiana, torna inimaginável qualquer resquício de pensamento separatista, entretanto se a doutrina predominante é neste sentido com desnudado comportamento  dos   mentores da política nacional que se perpetuam no governo por este critério,  distinguindo: raças, gêneros e classes de forma descabida por privilégios concedidos.
A contradição político-administrativa mais gritante questionada desde que frequentei o ensino médio é  desproporção do voto nas regiões, por exemplo: o artigo 46 da CF em seu parágrafo primeiro diz: cada estado e o Distrito Federal elegerão 3 senadores ; com 2 suplentes por um mandato de 8 anos. Evidente que a  desproporcionalidade  é inconteste , daí que o voto de um brasileiro do Norte vale muito mais que um do sul/sudeste. As exposições sobre as diferenças na distribuição de renda pela federação são ainda mais assombrosas.
Concluo sem radicalismo, sem desamor, sem ofensas descabidas que  é hora sim de discutirmos profundamente o Brasil para não seguirmos rumos que nos levem a abismos sem retorno por  um regime que contraria a própria índole de boa parte do povo da terra.
A contemplação dos diversos  objetivos  por regiões  pela confederação é a  mais apropriada às dimensões geográficas de nosso país e também às diferença culturais expressas no “modus vivendi” nestes poucos séculos de  existência dos brasileiros. À meditação sobre  o tema. É ora de mudança disseram ambos presidenciáveis. Que sejam cumpridas as promessas.

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