Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

domingo, 26 de outubro de 2014

SALVE A DEMOCRACIA!

Pai e tio desciam e subiam ruas na carroceria de caminhão, empolgados com os candidatos em que votavam.

 Recentemente duas autoridades japonesas renunciaram por pequenos delitos. Uma boa inspiração as nossas autoridades! O que os leitores acham?


Filiado ao extinto Partido Liberal por mais de um ano, ao Partido dos Trabalhadore por 4 e ao Partido da Social Democracia Brasileira, por 5, regozijo-me dessa minha militância e nela inexiste qualquer, contradição. Lembro-me das histórias de crianças em que pai e tio desciam e subiam ruas na carroceria de caminhão empolgados com os candidatos em que votavam. Jamais se omitiram, foram militantes, a moda antiga na polarização – Carvalho Pinto x Ademar de Barros,  Ademar x Jânio e outras situações.
Ao ascender ao serviço público, como pracinha do Exército a porta do Palácio do Planalto como guarda do Presidente ou Policial Militar, senti a responsabilidade do exercício da autoridade, mesmo lá ponta da linha. Cito uma ocorrência que esclarece bem  isso. Estava de policiamento a pé individual num complexo comercial próximo a Rodoviária e de repente houve um atrito na porta de uma boate sobre “consignação”. Ao caipira do interior pensei  - que diabo é isso: sem qualquer hesitação me informei com o porteiro e ponderei com o cliente. Acordo, caso resolvido, dever cumprido, partes em harmonia, sono feliz.
Depois de 5 anos como soldado em 3 instituições diferentes e cinco de estudos na Academia da PMESP, trabalhei 2 anos no comando de guarnições na Capital, 30 e até 40 viaturas no turno e o mesmo lema na resolução dos conflitos: sempre  nos parâmetros da lei, que esclarecia às partes, havendo acordo, melhor.  E assim foi. Havia grande incidência de acidentes de trânsito
Dos conhecimentos acadêmicos, o aprendizado do papel político da função policial. Da atuação em comunidades destacadas a certeza disso. Ao me imiscuir na política partidária, a convicção de que estava ampliando o potencial de realização individual  e isso ficou comprovado quando, consultei as estatísticas e constatei que o número de mortes no trânsito em Catanduva reduziu de 12 para 3,  de 1994 para 1995, quando foi implantado e desenvolvido o projeto de trânsito integrado: ACE, Diretoria de Ensino, Secretaria Municipal de Educação, sob a orientação do Comandante do 30BPMI, executado pelo Setor de Trânsito que dirigi no período. Ao ser abandonado o projeto, o número votou a 13 mortes  em 1997. Estatísticas da Polícia Militar.
Os entremeios da política são difíceis de trilhar, porém renegar a democracia é dar um tiro no pé, é a morte cidadã. Louvo a todos que dela participam. No confronto como vimos, os estertores da energia resignativa a suportar o ardor dos embates. Ao indivíduo, à nação: o anúncio de dias novos por ambas as partes.
Inexistindo, às ruas. Delas já saiu um Impedimento do Congresso Legislativo Nacional. Houve motivo para outro em que as lideranças recuaram.  Às ruas todas as vezes que for preciso. De branco e em paz como fizeram em 1963/64 e agora em 2013. Tudo que for crime, deve ser renegado. Invasão de propriedade, danos à propriedade, falseamento de dados quaisquer. Recentemente duas autoridades japonesas renunciaram por pequenos delitos. Uma boa inspiração a nossa gente! O que os leitores acham?. Interajam. Este é um espaço democrático. Continuo acreditando em gente como os japoneses, país onde   a lei é o império  acima de todas as vontades. Este comportamento individual  é a essência da democracia. Quem sabe um dia, nos aproximaremos disso. O Brasil merece, nós merecemos,  as futuras gerações mais ainda.

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