Chamá-los de ímprobos sim, levá-los a justiça também.
É necessário passar a régua nas estruturas, vícios e benesses que vem do Império. As futuras gerações merecem um Brasil novo!
É necessário passar a régua nas estruturas, vícios e benesses que vem do Império. As futuras gerações merecem um Brasil novo!
Artigo de minha autoria publicado nesta data no "O Regional" de Catanduva
O ano de 1992 foi especial, imaginamos à época que a administração pública brasileira se reabilitaria quanto ao aspecto da ética nas relações das autoridades e particulares, e em relação ao toma lá dá cá que sempre permeou interesses escusos recíprocos do público e do privado.
Aos dias 2 do mês de junho de 1992, o projeto de lei da Deputada Federal Rita Camata que impingia normas às ações dos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício do cargo foi sancionada. Neste ano, teve também os caras pintadas nas ruas que provocaram o Impeachment do Presidente Collor, que não resistindo às pressões, renunciou em 29 de dezembro.
A lei de improbridade é um verdadeiro tratado da forma com se deve conduzir o individuo particular e o público enquanto autoridade no exercício do mandato ou função de carreira. Ela esmiúça as condutas, estabelece ritos e penas ao administrador que incida em delito, em resumo condena a licenciosidade na gestão, impondo a ele: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
Vemos na atual administração da Petrobras que de nada adiantou a ação dos “caras pintadas” em 1992. Surgem ali as mais deslavadas atitudes de servidores públicos e políticos indignos dos cargos que ocupam pela prática dos mais diversos atos de improbidade.
Chamá-los de ímprobos sim, levá-los a justiça também. Indiciar e responsabilizar quem quer que seja que tenha na função pública executiva ou no conselho administrativo da empresa anuído aos desmandos já comprovados, sem a cúria compatível ao cargo exercido. Que sejam levados às barras dos tribunais é uma conduta mínima para recolocar o Brasil nos trilhos.
A Presidente da Petrobrás dizer não sabe o que significa esquartejamento e licitação ineficiente é uma prova de sua incompetência. Com ar de onipotência falou como se estivesse acima do bem e do mal. Ela deve ser deposta já. A denunciante disse a ela que a empresa estava sendo dividida e cada uma estava levando a sua parte. Ela nada fez. Três meses de denúncia e ela no cargo. Arre!
Do que li nos compêndios sobre o estrato social, incorporei que: ”toda riqueza provem do suor do trabalhador”, acrescentaria - do suor e do sangue, pois em muitas profissões a morte é o limite, como a policial.
Sugiro àqueles que vivem nos “nichos de privilégios” que viagem aos domingos na BR 101 para verem como as estradas estão cheias de trabalhadores transportando a riqueza do Brasil. É necessário passar a régua nas estruturas, vícios e benesses que vem do Império. As futuras gerações merecem um Brasil novo!
Ainda hoje, num café, vi uma criança de um ano e meio se encantar com um bebê de colo. É neste humano que devemos nos inspirar: sem barreiras e nem truques, muito menos privilégios. Feliz Natal leitor, um ano novo, novo mesmo, ao seu final. Façamos por merecê-lo!
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