O crime e a corrupção foram banalizados.
Se as lágrimas se deram pelo aviltamento de governar um país nestas condições, são nossas também porque a situação é triste mesmo. Se elas foram pelos que morreram durante a luta armada, também temos muitos por quem chorar.
Com a deferência devida a
autoridade da Presidência da Republica enquanto instituição, abordo a situação
constatada na terça feira última quando ao receber o relatório da Comissão da
Verdade, houve choro em público da ocupante do Palácio do Planalto.
Diante das câmaras interrompeu a
fala, suspirou fundo e derramou algumas lágrimas; seguiu então a fala enaltecendo o significado do documento que se
referiu aos mais de 300 integrantes ds grupos terroristas e ativistas
assassinados pelas forças regulares dentre os quais conseguiram identificar.
No dia seguinte representantes de
clubes militares das Forças Armadas publicaram relatório dos mais de 100 militares e civis, também
assassinados pelos seus oponentes em atos terroristas.
Cinjo-me às páginas 99 a 129
e 148 a 167, do livro Tributo a um Herói de minha autoria, lançado em 8 de
fevereiro de 2014, na Associação dos Oficiais da Polícia Militar. Nelas
registrei que ele ainda jovem, idealista, pronto para constituir família teve a
vida ceifada barbaramente. Na mesma
época Mário Kozel Filho, aos 18 também foi cruelmente assassinado e tantos outros.
Tudo começou no Aeroporto dos Guararapes,
em 12 de junho de 1966 quando um jornalista e um militar foram mortos e
14 pessoas ficaram feridas, algumas gravemente, sendo este o marco do início da luta
armada.
Quando intitulo lágrimas nossas, reporto ao passado e ao presente, pois com 102.000 mortes por ato violento em
2013, é inconteste que a sociedade brasileira mudou muito no últimos 26 anos do
pós Constituição Cidadã. Um só indivíduo
confessou ontem à polícia a morte de 43
pessoas.
O crime e a
corrupção foram banalizados, incidindo nela os poderosos políticos e ricos
empreiteiros. A droga disseminou, os
drogados perambulando pelas cidades praticando tudo quanto é tipo de crime, um
lugar comum.
Se as lágrimas se deram pelo
aviltamento de governar um país nestas condições, são nossas também porque a
situação é triste mesmo. Se elas foram pelos que morreram durante a luta
armada, igualmente temos muitos por quem chorar.
Esta é a realidade de uma nação
que patina, patina evolui na riqueza dos mais ricos, faz de conta que contempla
os pobres e empobrece de vez os usos e
costumes de todos. Que haja um novo porvir. Sem choro dos humildes e tampouco
dos poderosos e sim a satisfação do dever cumprido com honestidade e amor.
Dia 7 de dezembro 2014, assisti a missa de 7º.
Dia do Sr Alberto Mendes na Igreja da Paróquia do Jesus do Bom Conselho, na rua da Mooca em
São Paulo. Desde o dia 10/05/1970 quando seu filho querido foi barbaramente
executado por Carlos Lamarca e seus Terroristas, jamais pode abraçá-lo.
São Paulo parou em 10 de setembro
quando seu corpo foi localizado. Este é um capítulo triste da história que jamais será esquecido pelas pessoas de
bem, honestas, ordeiras e trabalhadoras da pátria amada do Brasil. Avante sem
terror e nem corruptos. Se possível sem lágrimas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário