Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sábado, 27 de dezembro de 2014

Sob Viadutos

O registro e a crítica tem que ser veemente


Entre o corpo estendido no chão; aqueles moradores de rua; o número de acidentes constatados.

Dia 23 último  viajei para passar o Natal em Barueri. Sempre passei esta data entre familiares, em mim nada superou até os dias de hoje este sentimento. Trabalhei em alguns, ossos do ofício.
Na viagem com tempo chuvoso,  elevado número de acidentes. Vimos caminhões tombados fora da pista;  carros no canteiro central amassados e  no acostamento mesmo,  o último um corpo estendido na Marginal do Tiete  viaduto do Piqueri,  acesso a Lapa,  8 ao todo.
O registro e a crítica tem que ser veemente, pois não havia clima para reeleição em 1º. Turno  em SP,  tampouco dar mais 4 anos  ao governante federal, consideradas as circunstâncias de momento.
O pedágio após Araraquara custa R$ 13,60, um absurdo que o atual governador prometeu revisar em várias eleições e nada fez, um fábrica de fazer dinheiro. O plano de pagar pela quilometragem rodada, não vingou.
A fiscalização é ineficiente, somente os radares não são suficientes deveríamos ter meios via satélite para flagrar infrações gravíssimas, como: excesso de velocidade, ultrapassagem proibidas, manobras próprias dos ébrios como ziguezaguear, a serem confirmadas pelo agente. Não se trata de um estado policialesco, mas de cidadãos que cumpram a lei , sob pena de punição.
 O  título tem uma razão, porquanto no dia 24 por volta das 14h passamos pelo viaduto sob a via Anhanguera, na rua Pirituba,  na Vila Jaguara. Ali estavam 3 pessoas: uma numa cadeira de rodas; elas aparentavam mais de 50 anos e de marmita nas mãos almoçavam. Ao lado um colchão, seus trajes maltrapilhos, próprio dos moradores de rua.
A região é rica, muitas empresas, comércio próspero e aqueles moradores em petição de miséria. Incompatível com os gastos com  a propaganda governamental  e eleitoral. Incompatível também com as verbas utilizadas nas campanhas eleitorais. Uma ignomínia considerada a corrupção estatal em que inúmeros são alvo de acusações diversas.
Entre o corpo estendido no chão; aqueles moradores de rua; o número de acidentes constatados. Somado o número de mortes violentas  no trânsito   que passa  de 106.000 em 2013,  um contra-senso absurdo.
Temos de eficiente a propaganda eleitoral onde são gastas fortunas que proporcionam a perpetuação no poder. Sem contar os nichos de privilégios instalados em tudo que se possa considerar corte neste país.
Em 1992 quando visitamos a polícia de Los Angeles, na base  um Capitão uniformizado dava as ordens ao efetivo do policiamento ostensivo; outro em trajes civis para os investigadores. Na Academia eles faziam ordem unida e cantavam canções, como que as cantamos na Academia do Barro Branco.  Não vimos um só acidente em 15 dias, uma coincidência positiva  em deslocamentos em comitiva por  mais  3.000Km até São Francisco.
Acorda Alice, o Império ficou há dois séculos, é hora de passar a régua nas estruturas ineficientes; corruptas e corruptoras deste país. As futuras gerações merecem!

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