No exercício da profissão policial militar, na qual fui 5 anos soldado, jamais recebi qualquer ensinamento que não fosse a retidão de conduta.
“Salve a Polícia Militar do Estado de São Paulo, corporação de lutas e glórias. Parabéns no dia de seu aniversário.”
Há 183 anos o Brigadeiro Rafael
Tobias de Aguiar, governador da província de São Paulo constituiu uma força de
segurança com 100 homens a pé e 31 a
cavalo, denominado Corpo de Guardas Municipais Permanentes de São Paulo, no
cumprimento de decreto imperial do Regente Feijó, era os cento e trinta do
trinta e um.
Em 1970, a
Força Púplica, teve sua denominação alterada para Polícia Militar do
Estado de São Paulo, assim como com
todas as milícias uniformizadas do Brasil, com exceção da Gaúcha que preservou
o nome de Brigada.
Neste mesmo ano, seu aniversário
coincidiu com a terça feira, sendo as solenidades militares comemorativas, antecipadas
para o domingo 13. Jamais me impressionei com o esoterismo: passar sob escada,
dia 3, 13, 21, todos são iguais,
entretanto foi na comemoração desta relevante data para todos nós milicianos
paulistas que aconteceu.
Adentrei a reserva de armas e
quando me dirigia para pegar o fuzil, deu-se o disparo e o ardume na coxa
esquerda. Fui carregado pelos colegas para o Hospital Militar que era ao lado,
onde fiquei internado por cinco dias. Disseram ao armeiro que o tambor do
revólver não girava. Ele o experimentou,
fui a vítima.
Em visita, no meio da semana o
médico disse-me - há estilhaço do projétil alojado bem próximo do fêmur e
decidimos que é melhor não retirá-lo, ele se acomoda e não lhe trará problemas. Ele atravessara uma porta, atingiu uma parede e depois a mim. Já recebera visita do comandante de pelotão e me conformara de não participar
da formatura do Curso de Cabo, que aconteceu no dia 18. Os acordes da banda na formatura,
tão emocionantes foram ouvidos do outro lado da rua Jorge Miranda.
Calejado dos revezes, fiquei
eufórico quando o médico anunciou que na sexta, teria alta. No domingo, lá
estava manquitolando na prova de português
para a APMBB, 30 dias depois o exame físico. O diagnóstico médico certíssimo. Prestara o exame em
1969; desta feita fui aprovado. O curso frequentado me fizera bem.
Em 2012, fiquei 6 meses em tratamento e uma bateria de exames da perna esquerda e
coluna. Quando da ressonância tive que ser radiografado antes, qual não foi a
surpresa ao descobrir que não tinha estilhaço coisa nenhuma e sim um
projétil intacto.
Segue a vida, a decisão médica salvou
a expectativa de progressão na carreira. Uma vez operado, jamais receberia alta
a tempo do exame, era a última chance para o concurso em razão da idade. Fica uma reflexão
que trago do seminário: o futuro a Deus pertence, faça a sua parte o melhor que
puder e acredite.
Ter valores positivos como
referência, bem melhor do que viver ao léu. Pior ainda de mãos dadas com o
vício e criminosos.
No exercício da profissão policial militar, na qual fui 5
anos soldado, jamais recebi qualquer ensinamento que não fosse a retidão de
conduta.
“Salve a Polícia Militar do Estado
de São Paulo, corporação de lutas e glórias. Parabéns pelo dia de seu
aniversário.”
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