Na Trincheira do Poeta

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segunda-feira, 23 de junho de 2014

FUTEBOL DE RESULTADO

 Até que chegou um time que jogou pelo resultado.

Nas semifinais  elas poderão se encontrar: Brasil x  Alemanha e Holanda x Argentina. Sem jogo bonito e muita aplicação também se ganha a Copa.


Ao verificarmos os cinco títulos do Brasil, um guarda características e emoções diversas. Após perder no Maracanã para o Uruguai no em jogo que o empate lhe favorecia a seleção chega a a Suécia com um time indefinido que foi rearticulado durante a competição com a participação dos jogadores mais experientes que fizeram pressão e conseguiram a escalação de Garrincha, o homem das pernas tortas e dribles desconcertantes o  garoto genial que viria a ser o Rei do Futebol, ele  Pelé. A seleção foi de resultado em resultado esgrimindo até a vitória final e os dois craques sugeridos pelos mais experientes fizeram sua parte bem feita.
Da história de 58 diríamos que Garrincha com 5 minutos contra a Rússia tinha puxado dois ataques fulminantes com direito a bola na trave, encantou a todos até o final. Sobre o menino de 17 anos fez gol na final, contra o país de Gales foi decisivo. Tinha também alguém que jogava pela esquerda que pelas suas características inovou ao compor o meio de campo, num esquema tático que até hoje é utilizado o 4-3-3. De Gilmar a Vavá, de Beline a Nilton Santos, com o Mestre Didi e Zito no meio todos nos honraram com o 1º. Título de Campeão Mundial.
Em 1962, no Chile algumas coincidências, com Pelé contundido veio o jovem Amarildo salvador e  inspirados em campo pela irreverência de Garrincha e liderados por experientes campeões de 58 trouxemos nosso 2º. Caneco.
Em 1958, não bastasse a plêiade de jogadores, a preparação de 40 dias no México para uma plena aclimatação e excelência da preparação física por Cláudio Coutinho foi barbada; a taça foi conquistada ainda sob a liderança do veterano Pelé que jogou ao nível de todos que eram ótimos. os 4x1 sobre a Itália na final foi inconteste.
Depois disso, vinte anos se passaram, o preparo físico e a diversificação das táticas, somada a   aplicação dos atletas, deixou-nos distantes dos títulos. Até que chegou um time que jogou pelo resultado, deixou tudo que não fosse aplicação de lado e competiu conforme  o adversário exigia com  muita aplicação, liderado pelo contestado mas vencedor Dunga. Símbolo da garra nesta Copa de 1994.
Um pênalti mal cobrado por Baggio e eis que a taça voltou para o Brasil. Em 2002 como em 70, a seleção sobrou. Com várias seleções de renome desclassificadas na 1ª. Fase, o Brasil foi seguindo, porém o escrete canarinho deu show de bola com os três R: Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo. Fomos pentacampeões.

Nesta Copa, surpresas: a  Espanha goleada pela Holanda volta para a casa. A Costa Rica aplicada e com moderno futebol desbanca duas ex-campeãs mundiais, jogos disputadíssimos e um time frio que gosta do contra-ataque. Nas semifinais  elas poderão se encontrar: Brasil x  Alemanha e Holanda x Argentina. Sem jogo bonito e muita aplicação também se ganha a Copa. Dunga provou isto e não foi à  final em 2010, por detalhe. Segure a Holanda que depois do Brasil é a minha preferida pelo seu retrospecto em copas.

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