Não bastasse o político com o nosso dinheiro, temos inescrupulosos empresários. Estamos num momento de total desrespeito a pessoa humana. É constrangedor.
Muitas empresas acessam nosso telefone e disparam o chamado.
A equipe é treinada para não dar tempo para pensar, então, recebo a ligação e com uma série de interesses a resolver por telefone,
atendo.
Um jornal de renome oferece 20 dias de entrega gratuita e vasculha
meus dados, porém quanto aos bancários recusei. Eis
que acordo no dia seguinte com o chamado do telefone, a mesma a pessoa querendo
completar os dados e a dizer que durante a gratuidade era só ligar para
desistir do contrato.
Então indaguei se não era mais fácil ela ligar novamente
para confirmá-los e ela respondeu que era
norma da empresa. Sugeri que a empresa fizesse palestras, oferecendo um cafezinho
e outros atrativos, com temas de interesse cultural, e aí lançasse o pedido do cadastro
e a gratuidade, a quem interessasse.
Forneci todos os dados por duplo impulso: saber que do outro
lado da linha tem alguém que depende daquele trabalho e mesmo pela gratuidade e
renome da empresa, porém na hora que me remeteram ao setor de auditoria que os confirmaria, fui ao chão.
Ao atendimento da auditora expliquei que havia vencido uma
ação por danos morais por assédio comercial indevido, protestei veementemente
quanto ao método de abordagem. Ela se comprometeu em
cancelar os dados registrados e que jamais serei contatado.
Antes mesmo que tomasse café, outra ligação de empresa de telefonia,
educadamente dispensei.
A tempos o temor que
nos transformaríamos em simples números. Felizmente temos o judiciário e leis.
Com argumentos e provas contundentes, inúmeras ações de danos morais são
julgadas procedentes é o que faço ver às atendentes ao final da abordagem, uma
vez que as ligações são gravadas. Então fica o dito pelo não dito e
emprego meu tempo no desfazimento de uma impertinente abordagem.
Aconselho a rejeição
de imediato de toda ligação pedindo dados cadastrais. Há muitas outras formas
de conquistar o cliente. O marketing agressivo é um desrespeito a nossa individualidade. Não bastasse o político com o
nosso dinheiro, temos inescrupulosos empresários. Estamos num momento de total desrespeito
a pessoa humana. É constrangedor.
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