Na Trincheira do Poeta

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

LEGISLAÇÃO CANHESTRA

Reserva de vagas!

Ao olhar para o colega ao lado que não teve reserva de percentual de vagas; que dirá um para o outro: estás aqui, não por seus méritos e sim pela proteção estatal, ninguém se sentirá bem.


Não bastasse as cotas nas universidades, agora a claque do PT,  que domina as casas legislativas com os asseclas de plantão, pois o fora Renan não vingou, em pleno ano eleitoral promove mais uma afronta ao direito coletivo, ao reservar parte das vagas (20%) dos cargos no serviço público federal, a seguimento da sociedade discriminando parte dela por mais uma concessão de privilégio a partir do critério de raça, estimulando a discriminação por características as mais diversas do povo deste país, ao estabelecer para elas condições especiais que insiste em conceder, ao que chama de minorias excluídas.
Ocorre que uma parte dos beneficiados não concorda com a concessão dos privilégios por distingui-los entre os iguais: todos somos seres humanos dotados de carga genética com atributos que nos tornam peculiares em nossa singularidade, inexistido a necessidade da proteção das  asas do estado feito o leviatã que a  todos protege - no caso a uns poucos mais proteção.
Temos hoje o ícone social brasileiro,  o Ministro e Presidente do STF que ascendeu a este mais alto cargo do judiciário sem ajuda de ninguém. Em minha família a maioria é de pardos com forte ascendência indígena, mamelucos e cafusos. Fui chamado  de ”índio” pelo Reitor Padre Chaves, durante os dois anos de seminário. Jamais me chamou pelo nome. Uma das irmãs em fotografia sentada na relva, com um vestido de roda,  a própria Iracema.

Ás folhas 173, do livro Tributo A UM Herói de minha autoria, o  índio seminarista, a irmã indiazinha,   o pai pardo e familiares, brancos e pardos, mais pardos do que brancos. Uma afronta à harmonia da sociedade brasileira que esta senhora, burguesa da classe média  descendente de europeu, comunista até o último fio de cabelo, nos impõe goela abaixo num projeto sordidamente constituído de benesses,  com o fito da perpetuação no poder
 Certo é que a distinção de grupos entre os iguais que somos é uma política canhestra, cuja finalidade é conseguir o domínio sobre todos os seguimentos a partir do enfraquecimento deles quando  estão uns contra os outros. Há quem instigou o sentimento nacional pelo convencimento de que os da terra eram superiores aos estrangeiros e deu no que deu, (Segunda Guerra Mundial).
Ao olhar para o colega ao lado que não teve reserva de percentual de vagas que dirá um para o outro: estás aqui, não por méritos e sim pela proteção estatal, ninguém se sentirá bem. Esta é uma legislação editada que dá azo a muitas discussões sobre seus resultados no futuro, quanto a termos uma sociedade de iguais, sem o viés de um estado demasiadamente protetor.
O texto da Lei 12.990 sancionada em 9 de junho de 2014, diz que: ficam reservadas aos negros e pardos 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para o provimento dos cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. Esta reserva será aplicada sempre que o número  de vagas for igual ou superior a 3.
Será que negros e pardos estão de acordo com os privilégios que lhes são atribuídos e as demais etnias o que dirão? Não é tão fácil assim, melhor seria  ter  conceito  natural sobre o humano, como natural mesmo e jamais atribuir condição especial a quem quer que seja igual na sua essência. Uma lei canhestra que em nada acrescentará a não ser fomentar indisposição sobre os apaniguados do governo.


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