Ao olhar para o colega ao lado que não teve reserva de percentual de vagas; que dirá um para o outro: estás aqui, não por seus méritos e sim pela proteção estatal, ninguém se sentirá bem.
Não bastasse as cotas nas universidades, agora
a claque do PT, que domina as casas
legislativas com os asseclas de plantão, pois o fora Renan não vingou, em pleno
ano eleitoral promove mais uma afronta ao direito coletivo, ao reservar parte
das vagas (20%) dos cargos no serviço público federal, a seguimento da
sociedade discriminando parte dela por mais uma concessão de privilégio a
partir do critério de raça, estimulando a discriminação por características as
mais diversas do povo deste país, ao estabelecer para elas condições especiais
que insiste em conceder, ao que chama de minorias excluídas.
Ocorre que uma parte dos beneficiados não
concorda com a concessão dos privilégios por distingui-los entre os iguais:
todos somos seres humanos dotados de carga genética com atributos que nos
tornam peculiares em nossa singularidade, inexistido a necessidade da proteção
das asas do estado feito o leviatã que
a todos protege - no caso a uns poucos mais proteção.
Temos hoje o ícone social brasileiro, o Ministro e Presidente do STF que ascendeu a
este mais alto cargo do judiciário sem ajuda de ninguém. Em minha família a
maioria é de pardos com forte ascendência indígena, mamelucos e cafusos. Fui
chamado de ”índio” pelo Reitor Padre
Chaves, durante os dois anos de seminário. Jamais me chamou pelo nome. Uma das
irmãs em fotografia sentada na relva, com um vestido de roda, a própria
Iracema.
Ás folhas 173, do livro Tributo A UM Herói de minha autoria, o índio seminarista, a irmã indiazinha, o pai pardo e familiares, brancos e pardos, mais pardos do que
brancos. Uma afronta à harmonia da sociedade brasileira que esta senhora,
burguesa da classe média descendente de
europeu, comunista até o último fio de cabelo, nos impõe goela abaixo num
projeto sordidamente constituído de benesses, com o fito da perpetuação no poder
Certo é
que a distinção de grupos entre os iguais que somos é uma política canhestra,
cuja finalidade é conseguir o domínio sobre todos os seguimentos a partir do
enfraquecimento deles quando estão uns
contra os outros. Há quem instigou o sentimento nacional pelo convencimento de
que os da terra eram superiores aos estrangeiros e deu no que deu, (Segunda Guerra
Mundial).
Ao olhar para o colega ao lado que não teve
reserva de percentual de vagas que dirá um para o outro: estás aqui, não por
méritos e sim pela proteção estatal, ninguém se sentirá bem. Esta é uma
legislação editada que dá azo a muitas discussões sobre seus resultados no
futuro, quanto a termos uma sociedade de iguais, sem o viés de um estado
demasiadamente protetor.
O texto
da Lei 12.990 sancionada
em 9 de junho de 2014, diz que: ficam reservadas aos negros e pardos 20% das
vagas oferecidas nos concursos públicos para o provimento dos cargos efetivos e
empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias,
das fundações públicas e das sociedades de economia mista controladas pela
União. Esta reserva será aplicada sempre que o número de vagas for igual ou
superior a 3.
Será que negros e pardos estão de acordo com os
privilégios que lhes são atribuídos e as demais etnias o que dirão? Não é tão
fácil assim, melhor seria ter conceito natural sobre o humano, como natural mesmo e jamais
atribuir condição especial a quem quer que seja igual na sua essência. Uma lei
canhestra que em nada acrescentará a não ser fomentar indisposição sobre os apaniguados do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário