Não
há como não começar estas linhas sem
pensar em vários ditados, provérbios, etc, entretanto fujo deles. Entendo que
embotam nossa criatividade de escrever, mesmo longe de me julgar conhecedor profundo
de coisa alguma, a inspiração vem: no coração a palpitação e o embargar da voz é hora de
expressarmos nosso pensamento em ato mais comunitário do que literário. Agradeço
àqueles que me dão o privilégio do acesso. Espero um dia ter quem utilize este
espaço para de forma espontânea interagir.
Vivemos
dias de conturbação na década de 1970. Os cem mil operários reunidos no ABC
marcaram; as fotos de políticos atrás de sindicalistas que provocavam os PM
para levantarem o cassetete, uma cena esperada por eles e o clique do fotógrafo
de plantão.
Passou o tempo e lá estavam eles no palanque das “Diretas Já”.
Tiraram proveito das greves chamadas políticas. Nos primeiros dias de abril
assisti por uns 10 minutos a passeata dos sindicalistas, na esquina da
Brigadeiro X Paulista e não gostei do que vi.
O Centro de São Paulo, em pleno
dia de expediente, parado. Muitos dos militantes não apresentavam ânimo de quem
soubesse exatamente o que estavam fazendo. Pessoas melhores vestidas faziam de tudo para animá-los, mas
lá estavam eles a seguir a carruagem, aleatoriamente.
No caso de ontem, em Itaquera, parece
que tinha foco definido – moradia e não houve baderna e confronto com
autoridades.
Ao usar o termo recrudescer, o faço mais quanto a realização das
manifestações com violência. É evidente
que a proximidade da Copa nos leva a pensar assim, porque não haverá em dia de jogo
o espaço que lhes foi dado ontem e a serenidade pode se exaurir à menor
fagulha.
Aos governantes e aos organizadores, melhor que não houvesse
manifestações, entretanto o cenário está indicando o contrário. Se pacíficas as
manifestações deixaram a impressão de
elevação cultural, porém que não acendam o estopim porque senão vai ficar muito
feio para o país, ainda bem que os torcedores do mundo inteiro já foram alertados da situação.
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