Notícias dão conta de que os acidentes de moto matam 5 vezes mais do que os de carros.
Não tenho dúvida de que no Brasil, haveremos de revolver conceitos e posturas brevemente para recobrar um modo de viver mais consciente, coletivo e consigo mesmo.
Nasci em 1947, uma loteria: qual o sexo, cor, tamanho, com
saúde ou não, chorão, dorminhoco. Além da incerteza geral, também tinha as
preferências, entre chorão ao dorminhoco, o arteiro ao songamonga e ia por aí
afora a discussão. Aos 4, menos ou mais,
varia de indivíduo para indivíduo, a
identificação na lembrança da ambiência vivida: os pais, os irmãos, a casa, o
quintal e os animais. Prosa ou calado, mais claro ou mais escuro, alto ou
baixo, segue a vida.
Ela não era tão longa, alguns furavam o bloqueio e como
Matusalém iam longe, outros padeciam de
doenças e ficavam pelo caminho. As guerras sempre abreviaram muitas vidas. A
média no Brasil se aproximava dos 50 anos.
Está nas pesquisas que em 60 anos, ganhamos 30, sendo hoje de 74.
Notícias dão conta de que os acidentes de moto matam 5 vezes
mais do que os de carro e a proporção
sobe em relação às sequelas, são
aleijados de todo quanto é jeito. No Brasil o número de motos saltou de 4 para
20 milhões em cinco anos. A situação mais grave é no nordeste, onde as autoridades tem
dificuldade de impor condutas de prevenção, como o simples uso do capacete.
Ontem, assisti reportagem mostrando a imprudência no
trânsito e vários acidentes de consequência, sempre grave. O aumento do número
de veículos, a impunidade - ora a
irreverência , ora o desleixo, ora a condição das vias leva mais de 50.000 brasileiros e deixa outros 450.000
feridos, a um custo elevadíssimo.
Deixando o custo de lado, vemos mesmo um fator de infelicidade
generalizada, pois tanto as drogas como os acidentados inválidos afetam a
família toda. Mesmo quem não está por perto vê a desilusão de entes queridos, ante a incapacidade de
reverter situações gravíssimas. Vidas
findas e vidas inválidas. A modernidade há que chegar de forma homogênea, a contemplar o indivíduo como um todo.
Não tenho dúvida de que no Brasil, haveremos de revolver conceitos e posturas brevemente para
recobrar um modo de viver mais consciente, coletivo e consigo mesmo. Hoje todo
interesse individual momentâneo, está acima do coletivo e mesmo do racional.
Então é uma loucura só. Há modos de viver diferente, muito diferente, melhor e
mais feliz. A propósito, a Alemanha tenta
ter zero morte por ano. Como? Não sei, li. Perguntemos a eles. Vou pesquisar melhor e depois lhes
digo. A vida é esplendorosa, merece nossa atenção.
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