Casa cheia, sobrando torcedor pelo ladrão, sem divisão de torcida e tudo na maior ordem.
No equilíbrio sentimos e intuímos, está a sabedoria. Ignorância tem limite. As mais diversas culturas se fizeram presente na Copa. Ainda não houve grave invasão nas arenas, entretanto houve depredação mesmo durante o torneio internacional e neste Timão x Verdão, 27/7/14, idem.
Narrava pai e tios que meus avós paternos cavalgavam légua
para ir aos bailes em outras fazendas. Um deles muito espirituoso, de altura apenas 1m50, jogou muita bola diziam;
foi o motorista do Ford 32 da família; conduziu moças furtivamente para vários casamentos
a moda da época e de quebra por alguns anos foi capataz em cavalgadas sertão
afora, conduzindo gado da região para alguns frigoríficos longínquos em jornada de
até 90 dias.
De tudo se ouvia nestas histórias e selecionei neste escrito
as relativas ao futebol. O time da casa dava uma garantia em dinheiro e quanto
melhor a condição técnica, maior era o
valor. Tem também o caso dos valentões que iam armados de faca e revolver e lá
pelas tantas acabavam com o jogo.
Confesso que a minha geração viu na várzea algumas contendas
a tapa, poucos jogos não terminados um ou outro, mas tiro e facada nenhum que me
lembre. Quanto ao esporte profissional, assistimos, eu e colegas, a vários jogos envolvendo
Corinthians e Santos contra o Botafogo e Comercial de Ribeirão Preto, entre 62 e 1965. Casa cheia, sobrando torcedor pelo ladrão,
sem divisão de torcida e tudo na maior ordem.
Em São Paulo idem, saíamos do Anhangabaú de ônibus, estamos
em 1970 e nada de divisão de torcidas, estávamos no limiar, ia começar a partir
daí o recrudescimento de hábitos e costumes dos torcedores.
As arenas vieram. Ontem, cenas de um batalhão de Policiais Militares a
conduzir os visitantes. Há pouco tempo, um jovem boliviano morto, em
Santa Catarina um jovem inconsciente, descendo só de cueca arquibancada abaixo, mais parecendo
Nosso Senhor crucificado. Crise de autoridade, crise cultural, costumes
depauperados. Ideologia de incrédulos a tudo; do culto do eu; da agressividade
e irreverência ilimitada. Temos direitos, as obrigações que vão às favas.
No equilíbrio sentimos e intuímos, está a sabedoria.
Ignorância tem limites. As mais diversas culturas se fizeram presente na Copa.
Ainda não houve grave invasão nas
arenas, entretanto houve depredação
mesmo durante o torneio internacional e neste Timão x Verdão, 27/7/14, idem. Ao otimista, a boa nova de que não houve invasão, mesmo sem
alambrado, um bom sinal. Somos racionais; deixemos as atitudes animalescas aos
animais. Nós humanos não precisamos de drogas; não precisamos de sucesso; não precisamos de
emoção incontida e sim do amor verdadeiro e de tudo que decorra dele para ser
feliz. Esta é a fórmula, diverso disso consiste na deformação da própria
essência da espécie.
A cultura destes últimos 30 anos deve ser revista para a felicidade das novas gerações e para que isso aconteça há que se rever conceitos que afrontam a própria índole do
brasileiro. Avante Brasil!
Nenhum comentário:
Postar um comentário