Há quem diga que um terço é a favor da manutenção do estado de coisas atual, um terço é contra e um terceiro está indeciso...
Quando nos vimos ricos e no poder, passamos a corromper as duas pontas: a dos conchavos nas altas cúpulas e ao necessitado de mão estendida a colher as migalhas sem nenhuma contrapartida, num círculo vicioso que avilta o ser humano pela sua condição da eterna dependência estatal.
A expectativa é grande, como serão os próximos índices da
pesquisa eleitoral para o pleito de 3 de outubro, então vou vivendo a pensar com a opinião dos outros. Há quem
diga que um terço é a favor da manutenção do estado de coisas atual, um terço é
contra e um terceiro está indeciso, com uma margem daqueles indiferentes que
não comparecem ou anulam seu voto.
A busca deste terço é que motiva as equipes a dispararem em todas as direções do rincão brasileiro, a partir das alianças aqui e acolá, em debates a escancarar as mazelas do poder, sendo esta com certeza: uma das maiores virtudes da
democracia, depois da oportunidade da participação popular. Um dia, ao falar sobre o lema integridade,
amor e paz a alunos em uma faculdade, fui enfático ao dizer a platéia que tinha
perdido a minha identidade, carcomida pela inflação: não sabia quanto custaria
o lanche dos meus filhos no final de semana; não sabia se meus vencimentos de
Capitão PM seriam suficientes para honrar os compromissos com o estudos dos
filhos e que estava um tanto quanto desanimado, apesar do otimismo que sempre
envolveu o meu viver.
Hoje o clamor é outro, além de rondar a inflação que há 20 anos foi dominada, a bandidagem corre solta. Ver
bandidos comandando o crime dos presídios e a alta cúpula do poder presa por
corrupção, reveste-se no outro lado da moeda. Quando nos vimos ricos e no poder,
passamos a corromper as duas pontas: a dos conchavos nas altas cúpulas e ao
necessitado de mão estendida a colher as migalhas sem nenhuma contrapartida,
num círculo vicioso que avilta o ser humano pela sua condição da eterna
dependência estatal. Os benefícios da estabilidade econômica fizeram surfar em
ondas perigosas os detentores do poder, nestes últimos 12 anos. Inexistiu um
aprofundamento nas propostas de reestruturação da sociedade brasileira, a partir
dos valores intrínsecos do homem e vemos o que não queríamos ver. Grandes projetos parados;
a educação a patinar retrocedendo ante a avaliação internacional. Inclusive as nossas tradicioanais universidades; assim como, o índice de desenvolvimento humano. A nos balizar temos o “um
milhão de pessoas nas ruas” em junho de
2013, cuja sequência dos protestos foi contaminada pela infiltração dos Black Blocs. Mesmo assim, foram votados assuntos importantes que estavam sendo conduzidos contra o interesse popular, como a PEC-037: o cala boca no Ministério Público.
Depois dos protestos, a contra gosto muita coisa foi votada e de
última hora, sendo que a candidata a continuação - num ato de desespero, encaminhou via decreto recentemente uma proposta de instalação dos Conselhos Comunitários, a mais contundente prova de que se
pudesse teria implantado o comunismo no Brasil no dia que assumiu, o que se faz aos poucos para tristeza daqueles que a 50 anos se expuseram ao risco da própria vida para que isso não
acontecesse.
Não há que ter expectativa nenhuma e sim a convicção de que
desta vez venceremos. A vergonha dos xingamentos de um povo mal educado na abertura da Copa, refletiu nos jovens atletas em confusão a chorar num momento de decisão e a pane ante
adversário superior, dá o norte de onde estamos. A deriva Senhora é que estamos. Sem dúvida
à vitória pela mudança do que aí está. Meu voto é pelo novo. No segundo turno
pelo velho que renova. Sempre contra quem está! Chega, cansei, mas ainda tenho
um votinho para exercitar a cidadania. Salvemos a democracia enquanto é tempo!
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