A pressão veio de todos os lados, a começar dos xingamentos...
A confirmar que esta derrota foi única na história da seleção canarinha. Ela foi o ápice de uma cultura leviana que nos assola, onde os deveres foram substituídos por direitos e o senso crítico posto como uma impertinência desprezível.
Artigo de minha autoria publicado nesta data: "O Diário da Região".
Tenho escrito sobre minha
formação em Educação Física e quanto a ela afirmo às pessoas de meu
relacionamento que ante a possibilidade de frequentar o curso técnico de
futebol, natação e handebol, optei pelo de natação e não ao de futebol, pelo
sentimento de que poderia ser tentado a
deixar a carreira que abraçara e não queria isto para mim.
Ao chegar em São José do Rio Preto, me envolvi com o time
da ADPM, quando fiz várias viagens pelas cidades da região aos domingos, no
intervalo do campeonato amador disputado acirradamente por 16 clubes. Também na
condição de Regimental de Educação Física coordenei uma equipe de oficiais e
campeonatos internos, em que sempre havia futebol, cujo time orientava; assim como, em Catanduva nos dez anos que presidi a ADPM local. Acompanho
programas esportivos gerais e de futebol.
Tenho lembrança das copas desde
1962 sendo que a resenha esportiva, coloca a todos os dados delas bem esmiuçados, a confirmar que
esta derrota foi única na história da seleção canarinha. Ela foi o
ápice de uma cultura leviana que nos assola, onde os deveres foram substituídos
por direitos e o senso crítico posto como uma impertinência desprezível.
Certo que o nosso escrete era
jovem, entretanto promissor. Todos os atletas estão em clubes de ponta. Ocorreu
pressão psicológica e não suportaram o peso da competição, sob a
responsabilidade e o dever de honrar nossas cores. Ganhar a Copa!
A pressão veio de todos os lados,
a começar dos xingamentos da torcida a autoridade representada pela Presidente da
Republica que foi ofendida na abertura do evento. Uma vergonha internacional.
Nenhum atleta, pode crer o leitor, ficou
insensível àquela conduta e tampouco a comissão técnica. O compromisso
aumentou.
Houve o ufanismo do auxiliar
técnico ao dizer que a seleção era excelente e que ganharíamos a Copa. Não
ganhamos. O chororô antes da cobrança de pênalti contra o Chile deu o tom do
desequilíbrio emocional do time. Só faltou a comissão técnica chorar. A
concentração das atenções sobre Neymar, foram
injustificáveis.
A sua jovialidade, capacidade e irreverência no futebol, incontestável, deveria
ser preservada de forma que as apresentasse no campo de jogo. A polarização das
atenções sobre ele foram prejudiciais.
Uma equipe é o todo.
Um técnico que deu mostra estar em decadência,
pois foi responsável pela derrocada da Sociedade Esportiva Palmeiras, onde dava
as cartas e jogava de mão e outro que estava à sombra das atividades em seu
merecido descanso, foram liderar jovens
com uma responsabilidade além do momento vivido e deu no que deu. Louvem-se as glórias conquistadas. Só isso!
A minha lembrança não registra
derrota em campeonato ou torneio de 7x1 e no racha que ainda jogo, quando a
diferença de placar chega a esse número, ele acaba por desmotivação dos
envolvidos. Infelizmente, o vexame é sinal dos tempos e de que muito há
de mudar em nossa cultura que se deteriora dia a dia. Muita droga, corrupção e
devassidão.
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