Na Trincheira do Poeta

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terça-feira, 15 de julho de 2014

CAMINHOS DE PORTINARI

O combatente do Vale do Ribeira padeceu de condições precárias e lutou pela preservação da ordem constituída, o que une a ambos e  os anseios também.


A represa continua lá, intacta, bem ali no caminho de Portinari! Com certeza ele com 50 anos nesta minha época  de criança a brincar, pintava os lindos quadros dos Apóstolos, o Menino Jesus, entre Maria e José, com aqueles olhos  a nos acompanhar  por onde formos e a Via Sacra e seus 14 quadros, ao todo são 23 obras. 


O  nome deste blog derivou do título da poesia de Guilherme de Almeida em homenagem ao Soldado Constitucionalista com o título “Oração Ante A Última Trincheira”. Ela foi oferecida aos pais de Alberto Mendes Júnior que a guardaram com muito carinho. Ao tomar conhecimento e ver seu conteúdo, não  se faz necessário dizer que me vi em seus versos. Aprendi ao prestar exame para  a Academia da Polícia Militar, o sentido da Luneta Mágica de Joaquim M.  de Macedo, por indicação de colega de estudo.
O combatente do Vale do Ribeira padeceu de condições precárias e lutou pela preservação da ordem constituída, o que une a ambos e  nos anseios também.
E o que tem com isso os Caminhos de  Portinari?
Afirmo que ele foi um soldado a registrar os valores do povo brasileiro ao mundo, ao incluir em seus quadros  as características do povo simples dos cafezais, explorando nossos traços e nos identificando mundo afora.  Os caminhos de Portinari tem a ver com uma chácara no Km 348 da Rodovia Cândido Portinari que liga a Anhanguera a divisa de Minas Gerais, passando por Brodoswki, Batatais e Franca. 
Chácara esta  que sou capaz de descrever com os olhos vendados e ver o que vi: os primeiros raios do sol, as primeiras imagens dos pais, dos animais domésticos, do primeiro atropelamento do cachorro preto, naquela estrada ali, ainda com as leras de cascalho que o impoluto obreiro descarregava para que fosse espalhada regularmente.
Não era só isso, da irmã Maria que veio ao mundo naquela casinha a beira da represa e do irmão Antonio que me  fazia companhia. As aves em abundância; patos, gansos, marrecos  e toda sorte de animais que ao caboclo completa seu viver, havia ali. A interação era muito peculiar, teve a primeira queda do equino, a picada na orelho do bravo ganso, a presa rola pela gatinha três cores, a tratar da ninhada; as frutas vendidas na feirinha perto do Banco Scatena. A descrição da área aos visitantes a  quem acompanhava prosa.
A represa continua lá, intacta, bem ali no caminho de Portinari! Com certeza ele com 50 anos nesta minha época  de criança a brincar, pintava os lindos quadros dos Apóstolos, o Menino Jesus, entre Maria e José, com aqueles olhos  a nos acompanhar  por onde formos e a Via Sacra e seus 14 quadros, ao todo são 23 obras. 
A Igreja de Batatais é muito visitada, pois além dos quadros é uma réplica em miniatura do Vaticano e os jardins  a sua volta, são muito bem cuidados com desenhos especiais no cedrinho! De Catanduva a Batatais é o caminho que faço para visitar familiares e amigos de infância. Inevitável passar pela represa e o casebre quase tombado pelo tempo. Recordações infindas. Neste pós Copa de um revés em campo, a uma vitória para a mudança na disputa cívica-cidadã! Aos leitores amenidades que fazem bem para alma e o coração!

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