Uma dentre várias razões para dizermos: "esporte é saúde".
O encontro de seleções se foi, agora retorno àquela imagem das abóbodas do Congresso tomadas por jovens em protesto no “junho de 2013”.
Nos diversos cursos aprende-se de todas
as formas, sendo os novos conceitos o diferencial. No de Educação Física da Polícia
Militar o aprendizado prático era um tabu. Fazíamos à exaustão as repetições dos exercícios na pista; academia,
sala de halterofilismo, piscina e mesmo na raia olímpica da USP, as aulas de
remo. Já citei colega que adentrou ao curso com 110 e o deixou com 80 kg.
Registro a propósito, o passamento do nosso querido Osmar de Oliveira, Professor de Fisioterapia que
aos 35 anos, já fora responsável pelo Corinthians e Seleção Brasileira de Basquete como
fisioterapeuta. Espirituoso, suas aulas eram um atração a parte, gostava de
falar sobre as manhas dos atletas e de tudo que era particularidade no exercício
da profissão, um privilégio, sempre
lembrar dele como nosso mestre.
Sobre a catarse, o termo provém do grego “kátharsis” e era utilizado por Aristóteles para designar o
efeito causado no público durante e após a representação de uma tragédia grega.
Então no esporte, a competição que exige do
praticante uma mínima concentração e quando coletiva muita coordenação e
espírito de equipe e doação máxima; estes requisitos levam ao indivíduo a mesma sensação. Exsurge,
que toda química advinda dos efeitos
psicossomáticos caminham num sentido positivo de forma a fazer bem ao
organismo. É quando dizemos que são liberadas as toxinas e os maus fluidos do pensamento, uma dentre várias razões para dizermos: "esporte é saúde".
As massas nas arquibancadas também se
beneficiam. O ambiente coletivo, mesmo não entrando em campo, as pessoas saem de suas
casas, caminham em diversão. Na copa deixam seus
países para irem de encontro àquele ambiente, onde anseios comuns, mesmo
que frívolos serão vivenciados intensamente. A alegria somada ao aspecto da
descontração e interação entre os diversos povos. A tristeza, essa uma possibilidade a ser compartilhada entre torcedores no desconforto da derrota.
Copa, olimpíada, competições entre povos ou mesmo cidades um momento especial,
onde o efeito catarse opera positivamente e até mesmo naquele mais simples
racha entre amigos que ali vão para competir na mais elementar disputa. Nele a liberação das toxinas se faz presente porque ninguém quer perder; como se diz e
é verdade, até no par ou ímpar para ver quem joga primeiro.
O encontro
de seleções se foi, agora retorno àquela imagem das abóbodas do Congresso tomadas
por jovens em protesto no “junho de 2013”. Ela foi bem mais significativa do
que o palanque das “Diretas Já”. Aquele foi articulado e a massa atraída por
atletas de ponta e artistas. As abóbodas foram ocupadas espontaneamente e as ruas também, nelas todos pediram por mudanças
urgentes e os líderes que aí estão não são capazes de fazê-las pelos vícios de uma
sociedade que perdeu as referências fundamentais. Elas serão reconquistadas pela reformulação dos conceitos, principalmente destes
últimos 12 no plano federal.
Que nas eleições não façamos o mesmo fiasco da seleção na Copa. Sem chororô, pra cima deles que é a hora da virada. Até 3 de outubro
com muito ardor cívico. Não será preciso
goleada, meio a zero está bom, desde que saiam!
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