Na Trincheira do Poeta

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quinta-feira, 24 de abril de 2014

CONFIDÊNCIAS CIDADÃS

CONSTATAÇÕES ATUAIS

Ha que se ter a consciência de que o pleno exercício da cidadania se dá pela ação de campo, alimentado ambientes com comportamentos éticos no limite da exigência da função, iniciativa e atividade laboral ou empresarial que se esteja envolvidos. De forma que a passividade pouco representa no contexto da evolução das sociedades. Aja, interaja faça alguma coisa propositiva no ambiente em que vive. Podemos mudar para melhorar. O que aí está decorre de anos de lutas, carecendo de energia renovadora.


 Este artigo foi escrito no jornal o Regional em 14/03/2005


Democracia: Confidências cidadãs II

         A foto estampada no artigo do dia 13 é peculiar da época. Eles insultavam, jogavam bolinha de gude para derrubar cavalaria; na menor oportunidade os líderes corriam ao lado do agressor contido pela polícia e “click”. Capa de jornal. Intelectual apoiando a causa do trabalhador. Que cena mais comovente.
         Uns tiveram mais sorte, chegaram a presidente, outros a governador, outros a vice-governador, prefeitos, presidentes de Câmara, vereadores, assessores. Alguns em governos desastrados, mas continuam no poder etc. Outros ainda tiveram indenizações vultosas. Esta é a senha para o sucesso político dessa turma: fui exilado, fui preso pela ditadura. Dá direito à palestra, matéria em jornal. Dá até para ressuscitar a lei que beneficia parente, como fizeram os petistas na liderança da Câmara Municipal de Catanduva, ao aprova o nepotismo.
         Ah! Estava esquecendo também do capítulo dos Direitos Humanos, incentivando bandidos, fazendo deles os heróis martirizados da pátria pelos mesmos segmentos. Agora todos somos martirizados: Luís Mir, em seu livro “Guerra Civil – Estado e trauma”, comprova que a cada ano 150 mil   pessoas que morrem violentamente no país; 56 mil delas são por arma de fogo, outras tantas no trânsito, entre elas centenas de policiais. Os lobbies daqueles que olham para o próprio umbigo continuam a dar as cartas. É só verificar os balancetes das grandes empresas, dos grandes bancos, das concessionárias públicas e do próprio serviço público, cujos anseios de trinta anos continuam inatingíveis pelo óbice de quem não quer mudança. Luís Mir ainda adverte: É só olhar a inalteração da distribuição de renda há 40 anos, a concentração dela, o desemprego.
         Esta é uma constatação de quem esteve no olho do furacão. A história revelará as contradições do que fez os encantados pelo Comunismo nestes 20 anos; pena que na ilha de Cuba não cabia todos eles. De minha parte, já que sobrevivi a Lamarca, estarei no próximo sábado na cidade de Franca, comemorando com os amigos reservistas, o encontro do Batalhão da Saudade. Paulistas da região, inclusive de Catanduva, que em Brasília defenderam a ordem democrática, regime institucional vigente em 31 de março de 1964. “Viva a Revolução Democrática”, escrevi com meu próprio corpo em demonstração na Esplanada dos Ministérios, em comemoração ao feito épico.
         Do contrário poder-se-ia ter um ditador há 40 anos por aqui também; se há na ilha, porque não no continente. Muito em voga, mesmo entre os jovens, o dito apropriado à causa democrática como praticada, hoje: “Me engane que eu gosto”.







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