Os gatos do mesmo balaio conseguiram:
“A negação do espírito
democrático que recomenda a alternância no poder”.
A não instalação do processo de
impedimento do presidente, demonstrou tibieza política que influenciou em
todo processo eleitoral em desfavor do principal partido oposicionista.
O recuo ante a
possibilidade da instalação daquele procedimento contaminou a eleição de 2006. Pior do que isso
representou um retrocesso desmoralizador dos políticos, frustrando “os cara
pintadas” de 1992.
Eles agora adultos, esperavam reviver aqueles momentos que resultaria na apuração do caráter ético
desta geração, com reflexos positivos nos jovens do momento. De 1992 a 2006, 14
anos se passaram, perdeu-se oportunidade de reviver aqueles empolgantes momentos,
uma vez que o escândalo era muito abrangente quanto ao valor e número de políticos
envolvidos.
Para quem acompanhou todo evoluir da
política com a atenção de vítima em confronto, em ato de trágico desfecho
envolvendo vítimas graves e morte,
aquela decisão um recuo imperdoável e não há dúvida para todo povo brasileiro; que não os
partidários da sigla e os beneficiários dela: os eternos chupins fisiologistas,
políticos amorfos que só pensam em se locupletar
com poder.
Então, seguiu –se outra derrota em 2010
e assim segue a carruagem, com seguidos e disseminados escândalos. Evidente que 2006 foi o divisor de
água. Ficou a impressão que o presidente deposto, mesmo que via renúncia, só o
foi porque não estava no palanque das “Diretas Já” a esses não cabe impedimento.
Prestem
bem atenção nas imagens e não verão Fernando Collor de Mello no palanque, ele
era um intruso naquele círculo de ungidos pela luta acirrada que foi travada
nos anos 70.
A quem conhece o estrato social e a
personalidade dominadora do presidente da época, somente aos incautos, restava
acreditar que ele não tinha conhecimento
de tudo que se passava com os mensaleiros. Todos na assembleia do Anhembi
esperavam ansiosamente a decisão neste sentido. Brindaram-no e a quem competia
desnuda-lo, não o fez.
É o que diz Luis Mir em seu livro Guerra
Civil, sobre o Equilíbrio de Gabinete: melhor uma derrota do que o risco dos
militares de volta, não foi uma, pior; foram duas e o risco da perpetuação no
poder.
“A negação do espírito democrático que
recomenda a alternância no poder”.
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