Na Trincheira do Poeta

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quinta-feira, 3 de abril de 2014

SEM IMPEACHMENT: FRUSTRAÇÃO

Os gatos do mesmo balaio conseguiram:


“A negação do espírito democrático que recomenda a alternância no poder”.


A não instalação do processo de impedimento do presidente,   demonstrou tibieza política que influenciou em todo processo eleitoral em desfavor do principal partido oposicionista.
         O recuo ante a possibilidade da instalação daquele procedimento  contaminou a eleição de 2006. Pior do que isso representou um retrocesso desmoralizador dos políticos, frustrando “os cara pintadas” de 1992.
         Eles agora adultos, esperavam reviver aqueles momentos  que resultaria na apuração do caráter ético desta geração, com reflexos positivos nos jovens do momento. De 1992 a 2006, 14 anos se passaram, perdeu-se oportunidade de reviver aqueles empolgantes momentos, uma vez que o escândalo era muito abrangente quanto ao valor e número de políticos envolvidos.
        Para quem acompanhou todo evoluir da política com a atenção de vítima em confronto, em ato de trágico desfecho envolvendo vítimas graves e  morte, aquela decisão um recuo imperdoável e não há dúvida  para todo povo brasileiro; que não os partidários da sigla e os beneficiários dela: os eternos chupins fisiologistas, políticos  amorfos que só pensam em se locupletar com poder.
         Então, seguiu –se outra derrota em 2010 e assim segue a carruagem, com seguidos e disseminados  escândalos. Evidente que 2006 foi o divisor de água. Ficou a impressão que o presidente deposto, mesmo que via renúncia, só o foi porque não estava no palanque das “Diretas Já” a esses não cabe impedimento.
       Prestem bem atenção nas imagens e não verão Fernando Collor de Mello no palanque, ele era um intruso naquele círculo de ungidos pela luta acirrada que foi travada nos anos 70.
     A quem conhece o estrato social e a personalidade dominadora do presidente da época, somente aos incautos, restava acreditar que ele não  tinha conhecimento de tudo que se passava com os mensaleiros. Todos na assembleia do Anhembi esperavam ansiosamente a decisão neste sentido. Brindaram-no e a quem competia desnuda-lo, não o fez.  
    É o que diz Luis Mir em seu livro Guerra Civil, sobre o Equilíbrio de Gabinete: melhor uma derrota do que o risco dos militares de volta, não foi uma, pior; foram duas e o risco da perpetuação no poder.
 “A negação do espírito democrático que recomenda a alternância no poder”.
                           


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