O peso da bolsa família
Distorções que podem comprometer o futuro do pais!
Aos seguidores deste blog, com a devida autorização do autor,
companheiro rotariano, pela proximidade que temos nos vinte e cinco anos de
convivência e propriedade com que discorreu sobre o assunto, publico neste
espaço com as considerações iniciais que seguem: não adianta
esmurrarmos a mesa, esbravejarmos. Temos que unir forças e transmitir
conhecimento, ânimo e manter a capacidade de indignação com o potenicial de contagiar até
mesmo os beneficiados pelo programa Bolsa Família, uma vez que o PT votou contra a criação de ações de ajuda social por ser projeto eleitoreiro, sendo voto vencido, na gestão do PSDB. Hoje temos as redes sociais e as ruas, vamos
fortalecer a nossa democracia, levando aos mais remotos rincões e mesmo os recantos
a nossa volta, conhecimentos de pessoas que atuam nas mais diversas áreas, como
o Companheiro Buch que é tributarista. Sempre
haverá uma chance para quem luta!
Artigo publicado em "O Regional" Catanduva 16/04/2014 José Carlos Buch – advogado tributário
Artigo publicado em "O Regional" Catanduva 16/04/2014 José Carlos Buch – advogado tributário
Como explicar que a
inflação, na mesa das famílias é uma, e os índices oficiais revelam números bem
inferiores?
Abraham
Lincoln, um dos mais notáveis e célebres presidentes dos Estados Unidos, certa
vez profetizou: “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”.
Nada mais sábio, pois o poder está tatuado na natureza humana e se faz
presente, até mesmo nos casebres, onde o caboclo, “chefe da família”, além da
mulher e filhos para mandar, tem sempre um ou dois cães para lhes dar
ordens. Em nosso país, os nossos governantes não fogem à regra e, dificilmente
aquele que ingressa na política renuncia à benesses do poder, por mais ralé e
pé de chinelo que seja o cargo. Imagine então se este poder for o de
presidente da república? E é de se perguntar: Como um país que convive com
escândalos atrás de escândalos, envolvendo governantes do PT, as
pesquisas revelam que a presidente pode se reeleger já no primeiro turno?
Como explicar que a inflação, na mesa das famílias é uma, e os índices
oficiais revelam número bem inferior? Como entender que a balança comercial,
não fossem os artifícios contábeis, apresenta cada vez mais desiquilíbrio, o
PIB patina e os índices de desempregos cada vez menores? Como
explicar o aniquilamento do setor sucroalcooleiro, um dos que mais emprega
neste país que se vê obrigado a trocar seis por cinco na comercialização do
álcool, que muda de nome para etanol na bomba do posto, por conta da
política suicida imposta à Petrobrás? Para algumas dessas indagações existem
respostas, para outras, apenas pressupostos.
A questão da
popularidade da presidente, seguramente está atrelada ao programa do bolsa
família. Atendendo 45.8 milhões de pessoas (um em cada quatro brasileiro),
abrigando 11.1 milhões de famílias (93% chefiadas por mulheres), o programa que
custa neste ano R$20.6 bilhões, garante mais de trinta milhões de votos
para o atual governo -- qualquer coisa em torno de 23% de todo o contingente
eleitoral --. Ou seja, dos mais de 143 milhões de brasileiros aptos a votar,
cerca de 33 milhões de votos são favas contadas para o PT. A inflação, bem, apesar
da seriedade dos nossos órgãos – leia-se IBGE --, o que conta para a dona de
casa é o preço dos produtos nas prateleiras do supermercado e estes tem
variações significativas, alguns, por força das intempéries: leia-se seca ou excesso
de chuva, chegam a variar mais de 300%, caso específico do tomate que saltou de
R$0,99 para R$3,49, o quilo, na banca da quitanda. Quanto a balança
comercial, há tempos que o nosso país depende da exportação de commodities para
pagar o serviço dos produtos que importa. Por conta disso, o nosso café é
exportado cru e em grãos para Itália, após processado é comercializado em toda
a Europa por dez vezes o valor pago ao país produtor. Não menos diferente
acontece com a soja, o milho e outros produtos agrícolas, cujos preços caíram
em relação a anos anteriores, sem contar que o nosso principal mercado de
manufaturados, veículo, principalmente -- a Argentina -- está em crise.
Para explicar um pouco mais esse desequilíbrio tem-se o açúcar demerara que,
outrora vendido na exportação a R$1.000, hoje mal chega a R$780 à tonelada.
Esse fato, atrelado ao absurdo represamento político do preço do álcool,
explica as razões da insustentável dificuldade por que passam as
nossas usinas, vistas como patinho feio pelo Governo Federal(leia-se,
presidente Dilma). O PIB praticamente estacionado em R$2.3 trilhões, crescendo
menos que o desejado e o emprego em alta, não deixa de ser paradoxal, porém,
pode ser explicado pela falta de competividade de nossos produtos no mercado
externo, o que torna aquecido o consumo interno que, por sua vez, se
segura nos programas de construção da casa própria, do tipo “minha casa, minha
vida”. Algumas pitonisas acreditam que essa bolha do setor imobiliário está
próxima de estourar e, até acreditam que 2015 será um ano emblemático e
profético. Outros analistas mais alarmistas, preconizam que, passada a
euforia da Copa do Mundo, de tantos atrasos nas obras e desvios de
dinheiro público e, por fim, depois das costumeiras contumélias e sorrelfas
que caracterizam as eleições, o país vai começar a cair na real.
Nesse
cenário, a eleição será o último evento marcante desse ano e, o governo, saindo na frente com 33 milhões de votos, só perde o confortável
poder que detém, se a oposição se unir no segundo turno(se houver) e for
bastante competente, a ponto de apresentar ao povo uma proposta melhor ao
país, ou convencer os eleitores, exceção é claro dos beneficiados pela bolsa
família, de que a alternância no poder é o caminho mais indicado para
sedimentar e fortalecer a democracia. Nesse caso, tomara que o
ensinamento de Sêneca: “Defende-se melhor o poder por meio de benefícios do que
por meio de armas”, não esteja certo.
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