Na Trincheira do Poeta

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quinta-feira, 17 de abril de 2014

DAS COLONIAS ÀS CASAS POPULARES

quinta-feira, 17 de abril de 2014

DAS COLONIAS ÀS CASAS POPULARES

Fila para senha!

Deparei logo cedo com uma fila do CSU até os predinhos do Jardim Soto, por sinal desnecessária, uma vez que bastaria estabelecer uma divisão das letras do alfabeto iniciais do primeiro nome das pessoas e escalonar por dia da semana. Simples assim. A mobilização das pessoas dá a impressão de jogada de marketing para chamar a atenção quanto a demanda e a iniciativa do projeto. Como foi realizada, transpareceu manipulação, em desfavor dos populares. Também o marketing feito por painéis não se justifica porque os interessados foram comunicados. 

Artigo publicado hoje no Diário da Região, Catanduva, hoje. Autor José Carlos Xavier

Das Colônias às Casas Populares

Conheci em Batatais duas grandes colônias: Macaúbas, onde passava a estrada de ferro Mogiana, em que trabalhei numa fábrica de óleo de mamona, antes de ir para o Exército; e a Lage, ali, bem perto mesmo, em que meu avô foi fiscal e administrador tampão, por 40 anos.
As colônias delas eram enormes. E cresciam assim: conforme o sucesso do proprietário, mais terra e mais casas; desta forma os filhos dos lavradores não se preocupavam com teto.
Quem leu a história da família Zancaner, sabe que eles saíram de uma fazenda dos tradicionais Junqueira, na vizinha Orlândia, para comprar terras em Catanduva.
Quanto às casas populares, no início dos anos 70, para suprir o déficit habitacional decorrente do êxodo rural, os militares promoveram intenso programa de construção delas, é inegável. O Euclides Figueiredo I e II são exemplos por aqui.
Os colonos pagavam com seu suor; os mutuários também, e pior, duas vezes – uma como mutuário, e a outra através de impostos que estão entre os mais elevados do mundo, para assim sustentar uma das administrações públicas mais ineficientes, igualmente.
Então qual o motivo de tanta euforia pela expansão de casas populares?
Este é um investimento com dinheiro público que retornará pelo pagamento das mensalidades. Melhor seria que os mutuários fossem capazes de ter seu teto sem o amparo estatal.
 Nas duas recentes viagens em família, vimos uma favela onde nunca existiu, na Avenida do Estado na Capital, batizada de “instantânea”; e no Rodoanel, uma centena de barracos de madeira pequeníssimos, enfileirados num descampado - em ambas as situações, muito constrangimento.
Ao longo do tempo, a Justiça Eleitoral corrigiu inúmeros despropósitos da propaganda eleitoral: sujeira, showmícios, excesso de ruído, limitação de tempo e outros. As batalhas judiciais entre os partidos são intensas quanto aos eventuais abusos.
Agora temos que evoluir mais e ininterruptamente, abolir outros excessos como o marketing desnecessário e pessoal com dinheiro público. Amplas divulgações: somente para educação, cultura e campanhas profiláticas. Em razão de termos imprensa oficial e redes sociais. Vamos evitar os outdoors para comunicar o que todos os interessados já sabem e fazer pose de artista em final de ano.
Presenciei uma fila quilométrica quando da distribuição de senha, na época das inscrições para as casas populares; ela saia do CSU e dobrava a esquina dos predinhos. Fila às seis horas da manhã, o que justifica? Estamos em tempos da informática.

A referência que se faz neste artigo é pertinente, pois o “um milhão de pessoas de branco nas ruas, ordeiramente e em paz, em junho de 2013, representou toda a nação brasileira”. Que pede mudanças, profundas e urgentes!

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