Na Trincheira do Poeta

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domingo, 27 de abril de 2014

MOBILIDADE URBANA

Considerações Atuais.

Na semana seguinte a este artigo, ocorreu acidente gravíssimo às margens da ferrovia em dascarrilamento de trem com sérias consequências. De bom foi anunciada a tirade dos trilhos do centro de várias cidades. Sobre os de Catanduva há pedido em apreciação.

Assisti a duas sessões sobre Mobilidade Urbana em  que a empresa contratada pela prefeitura falou sobre mobilidade urbana. Sob o ponto de vista didático tudo bem, porém quanto ao conteudo estranhei porque não foi citado os transtornos dos trilhos. Esta conduta se comapar ao ditado: "ir a Roma e não ver o Papa". 
Vejo  que este assunto, poderia ter sido discutido sem despesas para os cofres públicos, mesmo porque o candidato sempre apresenta um plano de governo. A própria equipe atual, apresentou em outra eleição o ligue-ligue, salvo engano.

Segue: Artigo escrito em "O Regional" em 16/10/2013

Mobilidade Urbana

Após algum tempo destinado mais à reflexão, retorno a este espaço, se é que ainda o mereço, entretanto como tive a cautela de expor os propósitos à editoria, creio que estas linhas chegarão aos caríssimos leitores.
A propósito do tema, quando fincamos raízes em alguma cidade, perdemos em termos de mobilidade e diversificação de relacionamentos, entretanto outros aspectos são compensados, pois temos a oportunidade de conhecer e nos dar a conhecer às pessoas.
Natural de Batatais, após viver em São Sebastião do Paraíso, Brasília, São Paulo e São José do Rio Preto, classificado pela promoção a capitão, no recém criado 30BPMI, aportei em Catanduva.
Esta terra que não é minha, mas da esposa Ivanir, cujos pais Pedro e Mabília, (in memorian) residiram em sítio na então Vila Elisiário, de onde seguiram para a Capital, como tantos interioranos na década de sessenta.
 Catanduva e região, propiciou-me a oportunidade de exercitar os conhecimentos profissionais e experiência pessoal, criar e educar meus filhos, estando próximo de minha cidade que não comporta Batalhão.
A volta a vida interiorana, deu-se nas dezessete cidades da Companhia Militar da região de José Bonifácio, que comandei por três anos ininterruptos, na condição de tenente, no exercício do posto de capitão, interinamente. Um período maravilhoso em minha vida: sentir o cheiro da terra, o frescor da mata, a simplicidade e sensibilidade cabocla, especial mesmo.
Voltando ao tema mobilidade urbana, lembro-me que no início de 1989, no preciso dia em que em reunião comemos um dourado assado em jantar, ali pelas bandas da Vila Guzzo, houve um acidente por atropelamento na travessia da linha férrea na cancela da rua São Paulo.
Ficou bem marcada a coincidência pela morte e principalmente porque relatei a precariedade da sinalização e atuação dos vigias ao Prefeito Municipal, na condição de Comandante da Companhia de policiamento da cidade.
Agora, ao acessar a internet para escrever estas linhas, verifiquei o registro de notícias recentes de problemas nas cancelas das ruas São Paulo, Quinze de Novembro e Florianópolis, e ao longo destes anos, outros acidentes fatais ocorreram nestes locais.
Então o que dizer?
Mesmo com os maravilhosos avanços no trânsito de Catanduva com a identificação dos nomes das vias; da indicação dos locais de destino, tão carente em algumas outras cidades do mesmo porte; da abertura de inúmeras avenidas que transformou o tráfego em vários bairros, inclusive no Jardim do Bosque, Glória e adjacências, não houve a possibilidade de resolver este assunto.
Lembro-me que em Batatais tinha pleito parecido há muito tempo: retirar a rodovia que atravessava a cidade. Faz uns quinze anos, a duplicação da rodovia Cândido Portinari possibilitou isso. Aqui o presídio não vem, mas a ferrovia fica. Assunto difícil mesmo de se resolver este.
Em Catanduva, como ficou o trânsito tão bem distribuído por avenidas, rotatórias e moderna sinalização. Vejo que o tema da construção dos três viadutos seria um bom início de conversa sobre o assunto mobilidade urbana, pois muitas pessoas não utilizam estas vias pela demorada travessia dos trens, além dos problemas nas cancelas que aumentam os riscos de acidente.
                           
José Carlos Xavier

Coronel PM, Advogado, Professor

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