Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

quarta-feira, 30 de abril de 2014

COMENDO BANANA

RACISMO

A EVOLUÇÃO NATURAL  RELATIVA ÀS DIFERENÇAS RACIAS DARIA MELHOR RESULTADO


 IRONIA ANTIRRACISMO 



          Daniel Alves, baiano, atleta da seleção brasileira de futebol, teve uma atitude que representou muito bem, a ironia  baiana de ser. Atirada a banana, não titubeou se abaixou, descascou a fruta e mandou para o papo.
         Mal sabia que seu gesto seria imitado por políticos italianos e reprisado no mundo todo, insistentemente.
          Acompanhamos de perto o evoluir dos direitos no Brasil, por militarmos na advocacia, invocando por diversas vezes com sucesso estes direitos na defesa de nossos clientes, mormente o dano moral pelo abusivo ato contra terceiro, mormente do poder público e grandes empresas em relação ao indivíduo.
         Entretanto alguma deformação  existe pela exagerada exposição midiática hodierna que provoca comportamentos repetitivos em busca do minuto de exposição que faz a pessoa sair do anonimato.
         Minha geração convivia  mais naturalmente com as diversidades de características de raça, quer seja da cor   ou outras, até mesmo de linguagem. Sendo recentes as imigrações ou contemporâneas mesmo, a compreensão do estrangeiro, contagiava os nativos e tudo acontecia em paz.
         Tenho uma foto, aos dezessete anos em que o time é meio a meio, branco e preto. Na cidade tinha clube dos brancos e dos pretos, sendo que havia respeito as normas e tudo era visto com naturalidade. Esta postura não era determinante para o relacionamento entre negros e branco, no dia a dia.
         Comento que no trabalho em turma nas fazendas, todo tipo de brincadeira acontecia, desde os traços marcantes da cor até as  características físicas e ao: oi negro beiçola era respondido de pronto e aí branco descascado e tudo prosseguia. Ao fim do dia um queria saber se tinha produzido mais que o outro e isto sim representava mais dinheiro no fim de semana.

         A ênfase  dada pelas lideranças políticas à segmentação da sociedade, fazendo-se padrinhos da evolução pela lei do que aconteceria espontaneamente, colocou zanga onde não tinha e a exposição na mídia um modismo, com a prática de  atitudes que não se via há 30 anos atrás.


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