DIFÍCIL SUPORTAR O ESFORÇO
O retorno a São Paulo de quem saiu de Catanduva
pela hora do almoço foi de 10 horas. Notícias dão conta de que para o litoral, a demora em ocasiões assim, dura
até 6 horas.
Corta o coração paterno saber que
nossos filhos que passam duas horas em média por dia em automóvel, tem que
suportar mais este mais este suplício.
Tempos modernos ou opção em total
desacordo com as perspectivas de futuro dos administradores pátrios, senão
vejamos: sai de Batatais para Brasília,
em 1966 pela estrada de ferro Mogiana, bitola estreita que poderia ser
facilmente transformada em larga que estava a 40km, em Ribeirão Preto.
Em São José do Rio Preto fui em várias
reuniões de trabalho a São Paulo 1983/86 em acomodação leito. Quando
esperávamos que as acomodações fossem melhoradas, reduzido o temo da viagem,
eis que suprimiram a viagem de trem. Agora somente carga.
Em vinte e cinco dias na Itália
hospedado em Rovigo, terra de meu avo, numa câmara de frente para a arborizada
Faculdade de Direito e distante 200m da estação, não tive dúvida ante a
possibilidade de deixar uma das mala ali, viajei de trem, uns 4000 km.
A mais pitoresca das viagem foi à praia
de Rosalina. Um só vagão ligava a vila da praia a cidade mais próxima, mais lá
estava ele. Cena bucólica, muito diferente daqui.
Ontem meditamos sobre a falta que os
trens fazem. Erro estratégico de quem não se deu a alternativa e dá-lhe vaga-lumes nas
estradas, num cortejo vagaroso quase igual ao da carroça que utilizávamos para
ir da cidade a fazenda - 18km. Éramos felizes e não sabíamos: cheiro da terra,
do marolo e da gabiroba, emas e as seriemas, às vezes o solo molhado. Animal forte de trote ligeiro, lá íamos nós, éramos
felizes e não sabíamos. Tempos modernos, muitos automóveis e eletrônico. Nada
contra, mais muito cansativas estas viagens.
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